Investimentos estrangeiros crescem em outubro
Nos dez primeiros meses do ano o país recebeu mais de US$ 51 bilhões, US$ 2 bi a mais que os US$ 49 bilhões registrados no mesmo período de 2013
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O Brasil recebeu nos 10 primeiros meses de 2014 mais de US$ 2 bilhões, o equivalente a R$ 5,2 bilhões, em investimentos estrangeiros diretos (IED) além do registrado no mesmo período do ano passado.
Entre janeiro e outubro deste ano, a entrada de investimentos novos chegou a R$ 51,194 bilhões, contra os R$ 49,186 bilhões no mesmo período de 2013. Na comparação entre os dois períodos há um crescimento superior a 4%.
A informação do Banco Central foi divulgada hoje no Boletim Focus relativo ao último mês. Somente no mês de outubro, o crescimento do IED em relação às projeções do BC para o ano foi de quase US$ 1 bilhão.
A previsão era de que o décimo mês deste ano tivesse uma entrada de US$ 4 bilhões, mas o resultado de quase R$ 4,98 bilhão acabou sendo uma surpresa para a economia, diante do quadro de retração internacional.
O valor é, no entanto, inferior em 8,5% aos US$ 5,4 bilhões obtidos em outubro de 2013. Para este ano, a estimativa inicial do BC é que haja uma pequena queda no fluxo de financiamentos internacionais no país, de US$ 64 bilhões para US$ 63 bilhões.
Intercompanhia – São classificados como IED a participação no capital de empresas estrangeiras no Brasil e os empréstimos concedidos por matrizes de empresas multinacionais as suas filiais no país, e vice-versa, chamados de empréstimo intercompanhia.
Esse tipo de investimento respondeu pela entrada de US$ 1,704 bilhão líquidos em outubro, contra US$ 554 milhões em setembro. O investimento direto propriamente dito, caracterizado pela participação no capital, foi de US$ 3,275 bilhões em outubro, contra US$ 3,659 bilhões em setembro.
No ano de 2013, os diretos somaram um total de US$ 22,352 bilhões diretos e, no presente ano, alcançaram até agora US$ 13,563 bilhões entre janeiro e outubro.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias
