Jaques Wagner promete fortalecer Forças Armadas

Novo ministro defende conciliação nacional e disse que relatório da Comissão da Verdade será processado internamente

O novo ministro da Defesa, Jaques Wagner, recebe o cargo de seu antecessor, Celso Amorim, em solenidade no ministério (Valter Campanato/Agência Brasil)- Assuntos: solenidade, transmissão de cargo, novo ministro da Defesa, Jaques Wagner, antecessor, Celso Amorim

O novo ministro da Defesa, Jaques Wagner, se comprometeu, ao assumir o cargo na sexta-feira (2), a fortalecer as Forças Armadas do Brasil. De acordo com o ministro, o trabalho na pasta será feito para garantir que elas sejam cada vez mais capacitadas, modernas e integradas.

“Como Ministro da Defesa, trabalharei permanentemente para assegurar adequadas condições de vida e trabalho para nossos marinheiros, soldados e aviadores”, garantiu Wagner.

Sobre o período da ditadura militar (1964-1985), Wagner usou um argumento bem ao gosto dos militares: o País não pode ser prisioneiro da história. Para ele, algumas pessoas tentam “bulir nas feridas” com o intuito de esquentar o debate.

“Eu não vim aqui com nenhuma lanterna na mão para procurar o passado. Eu vim aqui olhando para a frente. 99,9% da minha preocupação é fazer futuro”, explicou.

“A paz é o caminho certo para a construção do país mais justo, mais democrático e mais soberano com que sonhamos”, completou o ministro.

Sobre o relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), o novo ministro da Defesa afirmou que as recomendações serão processadas internamente pela pasta. “A verdade e a transparência não machucam ninguém”, justificou.

Em discurso ao assumir o cargo, Jacques Wagner lembrou ter estudado no Colégio Militar do Rio de Janeiro. Segundo ele, o ingresso no ensino militar ocorreu por “absoluta admiração às Forças Armadas brasileiras”.

O novo ministro também ressaltou a importância de zelar pelas reservas naturais brasileiras, pela infraestrutura e também pelo patrimônio da população.

Para ele, não devem ser desconsideradas as previsões de aumento da demanda global por água, alimentos e energias nas próximas décadas.
“Sem perder de vista a prioridade no enfrentamento de nossos desafios sociais e econômicos, o Governo Federal tem dado grande ênfase à política de Defesa”, afirmou.

Perfil – O novo ministro da Defesa foi governador da Bahia entre 2007 e 2014. Jaques Wagner foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no estado.

Durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele comandou o Ministério do Trabalho e a Secretaria de Relações Institucionais.

Além disso, Jaques Wagner foi eleito deputado federal pelo PT da Bahia e cumpriu mandato na Câmara dos Deputados entre 1991 e 2003.

Por Mariana Zoccoli, da Agência PT de Notícias

 

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