Jorge Viana defende calma e bom-senso para enfrentar a crise econômica

Para o senador, crise política agrava as dificuldades para a reorganização das finanças

Jorge Viana (PT-AC)

A solução para a crise econômica que já começa a bater no “andar de baixo” depende do distensionamento das relações entre governo e oposição. Sem que os ânimos se acalmem, o caminho será muito mais longo e penoso, alertou nesta segunda-feira (19), em plenário, o senador Jorge Viana (PT-AC).

Viana, que costuma percorrer mercados populares nos fins de semana e em dias de menos movimento no Congresso Nacional, avalia que, pela primeira vez desde 2008, a sensação é de que a crise começa a atingir um número muito grande pessoas.

“A crise tem origem em fundamentos e solavancos na economia mundial que surgiram ainda em 2008”, avaliou, lembrando que, com economia globalizada, a informação divulgada nesta segunda-feira de que o Produto Interno Bruto chinês (PIB) ficou abaixo de 7% ao ano afeta a economia de todo o mundo.

Jorge defende a tese de que a crise política, fomentada pelos setores da oposição que insistem em não aceitar o resultado das eleições presidenciais do ano passado, agrava as dificuldades para a reorganização das finanças. Ele aponta que a paralisia provocada pelas pautas-bomba que o próprio Congresso lançou acaba impedindo a votação de matérias essenciais para consolidar um ajuste econômico e fiscal essencial para sedimentar o caminho da retomada do crescimento.

“Essa tentativa de acerto de contas e de alongar a eleição é um problema sério e temos nossa parcela de responsabilidade nisso, quando admitimos coisas como emendas-jabuti (quando são inseridos ao texto de medidas provisórias itens sem qualquer relação com o teor da matéria em questão) e não conseguimos exterminar a relação espúria entre parlamento e empresas”, disse, referindo-se ao financiamento privado de campanhas.

O senador mencionou ainda os problemas causados pelos indícios de irregularidades e malfeitos cometidos pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Isso cria um clima de constrangimento para a oposição, que andou de braços dados com Cunha e agora não sabe como se livrar dessa carga pesada que ele vive”, observou.

Jorge sugeriu o fim do clima de confronto e enfrentamento entre governo e oposição para que o país volte ao rumo do crescimento. “Para mim, tinha que haver uma porção de bom-senso entre os dois lados porque, afinal, o País vem em primeiro lugar”, concluiu.

Do PT no Senado

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