Juca Ferreira: Funarte é prioridade absoluta

Ministro participou de hangout promovido pelo PT. Ele falou sobre o trabalho no Ministério da Cultura

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, afirmou, em hangout realizado pelo Partido dos Trabalhadores, nesta quinta-feira (29), que a Fundação Nacional de Artes (Funarte) é prioridade absoluta na atual gestão da pasta.

“Vou criar uma comissão para coordenar um processo de consulta pública para que possamos fazer um redesenho dessas políticas e uma nova arquitetura institucional para a Funarte”, explicou.

Juca foi o primeiro convidado para uma série de entrevistas online com ministros promovida pelo PT. Ele respondeu a diversas perguntas enviadas por internautas pelas redes sociais. O bate-papo foi transmitido ao vivo pelo Google + do partido, pela Agência PT de Notícias e pela canal do partido no Youtube.

Além de garantir a reconstrução da fundação, o ministro pretender retomar e ampliar o programa Cultura Viva, reforçar a Cinemateca, fortalecer as políticas do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Também afirmou que vai fortalecer a cooperação e o intercâmbio cultural e criar políticas voltadas para as artes.

“A minha missão número um no governo é retomar programas, políticas e projetos que foram abandonados ou enfraqueceram ao longo do tempo”, explicou.

“Vamos retomar o Cultura Viva, não podemos perder essa experiência”, completou Juca.

Para ele, é preciso qualificar os museus e disponibilizá-los como instrumento da educação e ativo da cultura. Além disso, Juca defendeu a criação de políticas voltadas para as artes no Brasil.

“O Brasil tem uma diversidade e uma riqueza cultural que é um cartão de visitas muito importante”, defendeu durante o bate-papo.

Sobre o Vale Cultura, Juca ressaltou a trajetória de continuidade do programa. Segundo ele, mais de R$ 7 milhões serão investidos na área da cultura quando o programa estiver plenamente implementado.

O ministro também falou sobre a importância da regulamentação da mídia no Brasil, inclusive para a área cultural. Segundo ele, a atual formação da mídia brasileira empobrece a capacidade econômica de regiões menos beneficiadas.

“As manifestações regionais quando aparecem, são travestidas. Toda sociedade brasileira de alguma maneira vai participar desse debate”, afirmou.

Lei Rouanet – O novo ministro criticou a política de incentivos fiscais realizada pela Lei Rouanet. Para ele, é preciso discutir com a sociedade os instrumentos de fomento à cultura.

“A lei não contribui para o desenvolvimento da sociedade brasileira. É preciso modificar isso. Cerca de 80% do dinheiro que o estado brasileiro destina para o fomento à cultura vai pra Lei Rouanet”, disse.

Juca saiu em defesa de novos concursados para o Ministério da Cultura. No entanto, ele explicou que aguarda um aval da equipe econômica do governo Dilma.

“Somos solidários com o momento que o governo está vivendo para que a gente possa dar continuidade às políticas públicas”, explicou o ministro.

Partido – Questionado por internautas sobre o PT, Juca defendeu que a legenda passe por uma “renovação”.

“O PT teve uma capacidade de polarizar as demandas da sociedade brasileira e nós estamos vivendo um momento de retomar esse período”, falou.

Fora do Eixo – Juca Ferreira disse ter uma “excelente” relação com o Fora do Eixo, rede de coletivos criada por produtores culturais das regiões centro-oeste, norte e sul no final de 2005.

“Eles estão entrando na luta política, estão trazendo novidade e são muitos críticos. Eles têm um método de trabalho que é conectar setores políticos e ideologicamente distintos.

Por Mariana Zoccoli, da Agência PT de Notícias

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