Juliana Cardoso: Ocupar espaço no poder significa lutar pelas mulheres

Em seu terceiro mandato como vereadora em SP, a vogal do PT tem uma trajetória política voltada para a defesa dos direitos das mulheres

Reprodução/Facebook

Vereadora pelo PT-SP Juliana Cardoso

Natural de Sapopemba, bairro periférico de São Paulo, a vogal do PT (integrante da Comissão Executiva Nacional do PT) e também vereadora Juliana Cardoso exerce o seu terceiro mandato com um extenso trabalho voltado à defesa dos direitos das mulheres.

“Ocupar um espaço no Parlamento significa poder lutar pela vida das mulheres, por políticas públicas contra a violência psicológica e física e pela igualdade de direitos”, explica.

A vereadora tem uma extensa lista com projetos de leis implantados para as mulheres, como o 15.945/2013, que criou o Programa Centro de Parto Normal – Casa de Parto, para atendimento da mulher; o 16.122/2015, que garantiu a inclusão de obstetrizes na rede municipal durante a gestação, parto e pós-parto; e o 14.966/2009, que implantou o Programa Mãe-Canguru e garante atendimento ao recém-nascido pré-termo e/ou de baixo-peso.

Juliana ainda ressalta que as mulheres demoraram anos para assumir cargos de poder e, mesmo ocupando esses espaços, elas não têm os mesmos direitos, como salários iguais aos homens.

“Demoramos 20 séculos para conseguirmos ocupar posições políticas dentro do Parlamento, mas isso não quer dizer que chegamos no poder de verdade. Para alcançarmos esse ponto, ainda precisamos lutar bastante”, diz.

Vereadora Juliana Cardoso (PT)

No terceiro mandato como vereadora, Juliana lembra que não foi fácil viver em um ambiente predominantemente masculino. No entanto, ela reforça saber ser fundamental continuar na luta.

“Além de mulher, eu comecei muito jovem na política, tinha 27 anos quando fui eleita pela primeira vez. Principalmente na pauta das mulheres tenho que me impor para conseguir avançar nas discussões. Eu cheguei a pensar em desistir, mas eu percebi que eu deveria estar aqui, seria muito importante e fundamental ocupar este espaço”.

Ela ainda reforça que o cargo permite que ela esteja mais próxima da comunidade e dos bairros da região.

“Nós temos essa tarefa de irmos para as ruas, de irmos para os bairros e fazermos esse diálogo com a população, saber suas necessidades e dúvidas. E, em especial neste momento que vivemos, o desmonte da previdência é muito comentado, já que é uma medida contra o povo trabalhador e contra toda a luta trabalhista”.

Juliana enfatiza que “a reforma da Previdência deve ser chamada de desmonte, porque de reforma não tem nada”. “E é neste momento que nós, do Parlamento, temos que dar voz para o povo”, diz.

Dia da Mulher

Para a vereadora, o “8 de março foi maravilhoso, intenso e combativo”. “Quando nós, mulheres, nos unimos, nós enfrentamos, nos mobilizamos e vamos para a rua”, explica.

“Não foi só em São Paulo, o Brasil mostrou a sua força e isso foi fruto das mulheres, que disseram um basta a esse desmonte da Previdência”, finaliza.

Conheça mais projetos de leis da vereadora:

– PL 71/2011: Criação do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher

– PL 380/2014: Obriga as maternidades a permitirem a presença de doulas durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto.

– PL 652/2015: Programa Transcidadania, que promove a cidadania de travestis e transexuais em situação de vulnerabilidade social.

– PL 717/2015: Parto domiciliar na rede municipal de saúde de SP.

– PL 16.396/2016: Licença gestante no período probatório não impede mais a ascensão na carreira.

Por Carla Escaleira, da Agência PT de Notícias

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