Juristas e MST assinam pedido de impeachment de Temer

Pedido será apresentado nesta terça (6), às 15h, na Câmara dos Deputados, e terá o apoio de parlamentares de partidos da oposição, como o PT e o PCdoB

Foto: Lula Marques/Agência PT

O pedido de abertura do processo de impeachment do presidente usurpador Michel Temer será apresentado nesta terça-feira (6), às 15h, na mesa diretora da Câmara dos Deputados.

O pedido é assinado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e juristas como Marcelo Neves e Cláudio Fonteles, e terá o apoio de parlamentares de partidos da oposição, como o PT e o PCdoB. Outros movimentos sociais ainda podem aderir e assinar o pedido.

A fundamentação do pedido se baseia no envolvimento de Temer em crime de responsabilidade e advocacia administrativa, quando o presidente golpista pressionou o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, a ‘achar uma solução’ para a solicitação do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que queria a liberação de uma obra embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pois teria interesses particulares no prédio.

O líder do PT na Câmara, deputado federal Afonso Florence (PT-BA), declarou que o pedido de impeachment de Temer será assinado por entidades da sociedade civil para não caracterizar como uma ação política parlamentar de oposição.

“Não é uma ação política, de oposição, de disputa política, parlamentar. É a constatação de que houve crime de responsabilidade. Estamos agindo com a maior parcimônia possível para que isso não esteja contaminado com a disputa política, porque o nosso objetivo é organizar o processo institucional e não viabilizar um golpe”, explicou Florence.

“A gente não quer entrar como parlamentar, porque o parlamentar que assina, fica impedido de participar do processo, inclusive das votações”, completou o líder da minoria no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ).

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias

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