Lula articula frente democrática com mais de 180 deputados

Número é mais que suficiente para barrar a tentativa de golpe contra a presidenta Dilma Rousseff

Parlamentares protocolam nova frente de apoio do governo com assinatura de 186 deputados na Câmara..Foto: Lucio Bernardo Junior / Câmara dos Deputados

Foi lançada nesta quinta-feira (14), na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar em Defesa da Democracia, que reúne 186 assinaturas de deputados e 30 de senadores, e foi articulada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para barrar o impeachment e derrubar o golpe contra a democracia, é preciso registrar 172 votos contra o pedido aceito por Eduardo Cunha. 

No entanto, com 186 assinaturas – o número registrado na frente democrática – o golpe contra a democracia não é aprovado. O pedido passaria para o Senado com o voto de 2/3 da Câmara, ou seja, 342 deputados.

O número é mais que suficiente para barrar a tentativa de golpe contra a presidenta, Dilma Rousseff, via abertura de um processo de impeachment contra ela. A frente foi protocolada pela presidenta do PCdoB, Luciana Santos, e outros deputados. Eles também protocolaram um documento expressando a importância do momento histórico e da necessidade de se defender a democracia no Brasil.

A oposição precisa de 342 votos ‘sim’ pelo impeachment e hoje eles não têm e não terão. E, nas ruas, o movimento pela legalidade democrática tem influenciado muito o voto de indecisos. O governo obviamente se preocupa com os indecisos. Há um trabalho de persuasão”, afirmou o líder do PT na Câmara, Afonso Florence. 

O texto diz que a frente vai fazer “a defesa da democracia como princípio, dado o momento de grande complexidade no cenário da política brasileira, onde as instituições e a legitimidade do voto estão sendo postos em cheque”.

A quantidade de parlamentares que assinaram o documento revela que cresce o apoio à democracia e a resistência às tentativas de golpe na reta final de votação do impeachment, que está marcado para as 14h do próximo domingo (17).

As articulações para ampliar essa margem continuam e devem se estender até o momento da votação. A avaliação é de que, com a assinatura a favor da abertura da frente, os parlamentares se comprometam com o voto contra o golpe.

A mobilização crescente levou o presidente do PT, Rui Falcão, a declarar nesta quinta-feira que “só quem perde antecipadamente é quem deixa de lutar — e esta não é a tradição petista”.

Confira a agenda completa de mobilizações aqui.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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