Lula está preso novamente por defender quem mais precisa, diz militante da Vigília

Professora de Macapá lembra como a primeira prisão de Lula, em 1980, fez nascer um líder para ela. “Foi Lula que deu casa para o nosso povo morar”

Joka Madruga/Agência PT

A professora Leacide Moura em visita à Vigília Lula Livre

A primeira prisão de Lula, 38 anos atrás, fez nascer um líder para Leacide Moura. Adolescente em Macapá, ela assistiu pela TV as imagens de Lula e naquele momento surgiu uma militante. “Vi um homem barbudo, cabeludo, sendo preso pela polícia por lutar por direitos de trabalhadores. Aquilo me chamou a atenção e pensei: é por aí que vamos caminhar nesse Brasil. Nós temos um líder”, lembra.

Quatro décadas depois, Lula está encarcerado novamente, mais uma vez por estar ao lado dos que mais precisam. Nessa sexta-feira (7), quando se completam oito meses da nova prisão de Lula, Leacide está em Curitiba, participando de um encontro do Coletiva de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação  (CNTE), e aproveitou para visitar a Vigília Lula Livre.

“Faz tempo que eu queria vir e agora temos essa reunião para preparar para lançamento da campanha de 2019, que tem como lema Ninguém Solta a Mão de Ninguém”, diz.

Curitiba foi escolhida para sediar a reunião da CNTE por um motivo simbólico, segundo Leacide, que é professora de Língua Portuguesa. “Curitiba é nosso ponto de resistência, onde está nosso símbolo da liberdade, da luta por igualdade, da justiça social, de tudo que significa desenvolvimento e avanço para esse povo. É onde está encarcerado, sem crime nenhum, o nosso presidente Lula”, afirma.

A injustiça contra o ex-presidente deixa a professora indignada. “Lula jamais deveria estar preso aqui. Ele foi o principal presidente que olhou para o Norte e o Nordeste do País. Foi Lula que deu casa para o nosso povo morar, para muitos milhares de pessoas que moravam em palafitas, em condições sub-humanas”, diz.

“Isso mudou com os governos do PT. Graças ao Minha Casa Minha Vida, temos diversos conjuntos habitacionais em Macapá, o São José, o Mucajá, o Macapaba, onde as pessoas vivem em apartamentos confortáveis, com segurança e com status de cidadão”, completa.

Apesar do arbítrio judicial, é preciso manter firme a resistência democrática e a luta por direitos, aponta Leacide. “Nós temos direitos. A Constituição Federal diz que temos direitos fundamentais. Temos direito à educação, temos direito à habitação, temos direito ao emprego e a viver com dignidade”, explica.

Por Luís Lomba, direto de Curitiba para a Agência PT de Notícias

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