Lula no Recife: “Eles têm convicção, eu tenho história de vida”

Para uma multidão de 20 mil pessoas reunidas na Praça do Diário, no centro do Recife (PE), nesta quinta-feira (22), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que enquanto aqueles que o acusam não têm provas, apenas convicção, ele tem uma história de luta no País.

“Vi um grupo de meninos que investigam minha vida há dois anos fazer um show de pirotecnia contra mim sem provas, só com convicções. Mas não se preocupem comigo, eu estou tranqüilo”, garantiu.

“Tenho consciência do ódio que eles têm de mim, por eu ter sido o presidente metalúrgico. Eles querem acabar com o PT porque o PT é o partido da inclusão social no Brasil”, completou.

Ao lado dos candidatos do PT às prefeituras do Recife e de Olinda, João Paulo e Teresa Leitão, o ex-presidente destacou que está na hora do povo brasileiro mostrar que não quer viver sem democracia e que é preciso dar a resposta aos golpistas nas urnas.

“É importante quê a gente consiga convencer cada eleitor de Pernambuco que o que os golpistas fizeram foi rasgar o voto do povo pernambucano. Todos os nossos adversários daqui estiveram do outro lado e votaram contra Dilma e contra o povo. É hora de dar o troco e eleger nosso companheiro João Paulo no Recife”, afirmou.

Lula lembrou que, assim como ele, João Paulo também é metalúrgico e tem uma longa trajetória de luta.

“João Paulo foi o único prefeito do Recife comprometido com os mais pobres e ainda é metido a dançar frevo. João Paulo é um fenômeno”, brincou Lula.

Para o ex-presidente, o Brasil precisa voltar à normalidade, “que o presidente seja uma pessoa eleita” e criticou a forma como parte do Judiciário e da mídia tem tratado as denúncias contra ele.

 

“Hoje tem um conluio entre uma parte da imprensa, uma parte do Ministério Público e uma parte da Política Federal e no meu caso eu acho que eles erraram um pouco na mão. Hoje, você não precisa ser julgado, só precisa ter umas manchetes de jornal contrárias para a pessoa ser condenada na opinião pública”, disse.

Lula também criticou a operação da Polícia Federal, nesta quinta-feira (22), que retirou o ex-ministro Guido Mantega de uma sala de operação, onde sua esposa passava por um procedimento cirúrgico.

“Eles foram pegar o Guido dentro da sala de cirurgia. É um desrespeito sem tamanho”.

Orgulho de ser petista

Lula afirmou que tem orgulho de usar a camisa vermelha do PT e pediu à militância que não tenha “vergonha de colocar vermelho”.

“Se eles têm medo, tenho orgulho do vermelho e da bandeira que eu carrego. Fiquei muito feliz quando colocaram a música ‘Vermelhou’ para tocar”, declarou.

O ato da campanha de João Paulo contou com a participação dos senadores por Pernambuco Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro (PTB), do deputado federal Silvio Costa (PTdoB-PE), além de lideranças dos movimentos sociais, como os presidentes nacional e estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas e Carlos Veras, e do membro da coordenação nacional do Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Jaime Amorim.

Assista ao discurso de Lula no Recife:

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Parte 3

Ipojuca

Após ato no Centro do Recife, o ex-presidente Lula seguiu para Ipojuca, a 70 quilômetros da capital pernambucana, onde participou ao lado do senador Armando Monteiro Neto (PTB) de um comício do candidato à prefeito Romero Sales (PTB).

Em um discurso que discorreu sobre sua trajetória de vida, Lula lembrou sua origem nordestina: “Todo mundo sabe que eu nasci em Garanhuns e com sete anos de idade fui para São Paulo. Fui metalúrgico, criei e fui presidente de um partido. Nunca entendi como o Nordeste, uma região tão rica do Brasil, tinha ficado tão pobre”.

Assista abaixo:

Por Luana Spinillo, do Recife, para a Agência PT de Notícias