Macri imita Temer e tenta emplacar reforma da previdência

Secretária Nacional de Relações Internacionais, Mônica Valente, fala sobre a contraofensiva neoliberal na América Latina e Caribe e sobre resistência

Divulgação

Argentinos vão às ruas contra reforma

Seguindo o roteiro da contraofensiva neoliberal nos países latino-americanos e caribenhos, o presidente argentino Mauricio Macri aprende com o golpista Michel Temer e tenta aprovar uma Reforma da Previdência que, assim como a que tentam aprovar no Brasil, precariza a situação dos trabalhadores em nome do “equilíbrio fiscal”.

Nesta quinta-feira (14), a população foi às ruas e conseguiu suspender a votação da matéria que estava prevista no Congresso argentino.

Para a secretária Nacional de Relações Internacionais, Mônica Valente, a América Latina e o Caribe estão mostrando resistência em atos como o da argentina e no Brasil, como a greve de fome dos agricultores contra a reforma da Previdência.

“Há uma fortíssima resistência. O fato de Macri não ter conseguido aprovar a reforma devido às manifestações, e até mesmo a greve de fome dos pequenos agricultores que ajudou a adiar a aprovação da reforma aqui no Brasil, mostram que, quando há resistência, há luta e grandes chances de vitória”, declarou Valente.

A dirigente explica que o fortalecimento dos governos democráticos populares ocorrido com as eleições de Hugo Chávez na Venezuela, Lula no Brasil, Michele Bachelet no Chile e Fernando Lugo no Paraguai, por exemplo, levou à essa contraofensiva.

“Por causa dos avanços desses governos de projetos populares e antiliberais ocorreu essa contraofensiva que, em alguns casos, resultou em golpe, como no Brasil, ou em uma campanha muito suja, como na Argentina. O objetivo deles é fazer parecer para o mundo que a onda democrática da América Latina e do Caribe estava terminada e que um novo ciclo se iniciaria. Porém, eles não estão conseguindo implementar o projeto neoliberal completamente já que a população está resistindo”, afirmou a secretária.

Na Argentina, com a suspensão da sessão que votaria a reforma, Macri busca uma alternativa ao projeto para tentar passar as mudanças na Previdência. Para isso, ele tenta “reconstruir” a maioria parlamentar e retomar o atropelar aos direitos dos trabalhadores e tentar emplacar a agenda neoliberal.

Assista ao vídeo com a cobertura dos protestos:

Macri aprendeu com Temer! Ontem, a repressão brutal que acontece no Brasil, foi vista também em frente ao congresso argentino. O povo foi impedido de entrar para assistir à votação da reforma previdenciária e fiscal de lá. Os protestos do lado de fora foram duramente reprimidos. Repórteres foram baleados com balas de borracha e um deputado da oposição ficou inconsciente, após um golpe de um policial. Após muita tensão e pressão popular, o governo Macri recuou e a votação da reforma previdenciária argentina fora adiada. Toda a nossa solidariedade ao povo argentino e a luta da América Latina contra o neoliberalismo #ConLosJubiladosNo (Vídeo via Cristina Fernandez de Kirchner e Unidad Ciudadana)

Publicado por Partido dos Trabalhadores em Sexta, 15 de dezembro de 2017

Da Redação da Agência PT de Notícias

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