Maioria das obras do PAC estão no prazo ou prontas

Apesar dos dados, Aécio Neves mente ao dizer que o Brasil é cemitério de obras paradas

Um dos bordões do candidato Aécio Neves (PSDB) –  repetido, por exemplo no debate do SBT na quinta-feira (16) – não se sustenta diante dos fatos. “O Brasil é um grande cemitério de obras inacabadas”, diz ele, apesar de o País ter obras concluídas ou sendo feitas no prazo.

Somente nos últimos três anos, a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) concluiu 120 usinas eólicas e oito hidrelétricas. Com obras em andamento estão sete hidrelétricas e 218 usinas eólicas, que deverão ser entregues até 2015.

Nesse período foram também construídos ou reformados 24 aeroportos, mais de 3.598 quilômetros de ferrovias e 12 mil quilômetros rodovias. Foram feitos ainda 28 empreendimentos em mobilidade urbana e entregues mais de 2,7 milhões de unidades do programa Minha Casa, Minha Vida.

Outra artimanha usada por Aécio para falar sobre obras inacabadas é incluir na lista feita por ele, projetos que ainda estão em andamento. Ocorre que três das maiores obras da história do Brasil estão na reta final e deverão ser entregues até 2015.

Em Rondônia, o governo federal já investiu mais de R$ 35 bilhões na construção das Usinas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, a maior obra do PAC 2. As primeiras turbinas já foram acionadas, em 2012 e 2013, e quando estiver concluída, o complexo será capaz de gerar energia suficiente para atender a 11 milhões de pessoas.

No Pará, caminha a passos largos a maior hidrelétrica em construção no mundo: a Usina de Belo Monte. Quando estiver pronta, a usina localizada no Rio Xingu será a quarta maior em capacidade de geração de energia. A obra está orçada em R$ 28,9 bilhões. “Quando falam que o Brasil está parado eu até acho graça”, disse a presidenta Dilma durante programa eleitoral, de rádio e televisão, transmitido no mês passado.

Em novembro de 2012, o governo Dilma inaugurou no Maranhão, a quarta maior obra do PAC 2, a Hidrelétrica de Estreito. Foram investidos um total de R$ 5,2 bilhões na usina que é capaz de produzir 1.087 megawatts e abastecer uma cidade de 4 milhões de habitantes.

O governo federal concluiu, em abril deste ano, o conjunto de 42 parques eólicos. Com a construção da Usina Eólica Arizona 1, no Rio Grande do Norte, o estado atinge 1.163,39 MW de potência instalada e lidera o ranking de produção de energia eólica do Brasil.

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A Ferrovia Norte-Sul já está pronta no trecho entre Porto Nacional, no Tocantins a Anápolis, no Goiás

Transportes – O governo Dilma encabeçou ainda a construção e restauração de um conjunto de ferrovias e rodovias que impressiona. Integra esse montante a Ferrovia Norte-Sul, que interliga dez estados, com extensão de mais de 4,1 mil quilômetros. O trecho que parte da cidade de Outro Verde, em Goiás e chega a Estrela d’Oeste, em São Paulo, está 70% concluída. Outro trecho, que vai de Porto Nacional, no Tocantins a Anápolis, no Goiás, com 855 quilômetros, já foi entregue, ao custo total de R$ 4,2 bilhões.

Na Bahia, o governo federal iniciou em 2014 a construção do Porto Sul, o maior do Brasil. A grandiosa obra fica na cidade de Ilhéus e receberá o investimento total de R$ 5,6 bilhões, em 25 anos, e entrará para a lista dos mais modernos portos do mundo. A previsão de conclusão é 2017.

A maior obra do PAC fica no município de Bacabeira, no Maranhão. Lá está sendo construída a Refinaria Premium I, da Petrobras, que recebe investimentos de mais de R$ 40 bilhões e terá capacidade de processar cerca de 600 mil barris/dia. Quando entrar em operação em 2016, a refinaria será uma das maiores do mundo.

O governo federal reformou, ampliou e construiu 22 aeroportos nos últimos dois anos, ao custo de R$ 8,78 bilhões. As cidades de Salvador, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Natal, Belo Horizonte, Porto Alegre, Manaus, Fortaleza, Maceió, Cuiabá e Curitiba ganharam novos terminais e pistas de pouso e decolagem.

Parte do grande programa de mobilidade urbana do governo federal, estão três importantes pontes: a Ponte Rio Negro, no Amazonas, a Ponte do Rio Madeira, na divisa do Amazonas com Rondônia e a Ponte Anita Garibaldi, em Santa Catarina.

A Ponte Rio Negro é a segunda maior ponte fluvial do mundo e a maior ponte estaiada do Brasil, com 3,5 quilômetros de extensão. Com a obra, foi possível ligar a capital Manaus ao município de Iranduba (AM). A obra iniciada no governo do ex-presidente Lula, custou mais de R$ 1 bilhão e necessitou de obras completares como 7,4 quilômetros de acessos viários.

 

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias

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