Manifestações recentes de intolerância contra Dilma extrapolam limite legal

Para o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), brasileiro que xingou Dilma nos Estados Unidos deveria estar preso

Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Na última quarta-feira (1º), Igor Gilly, um jovem brasileiro contrário ao governo da presidenta Dilma Rousseff se infiltrou na comitiva da chefe de Estado, em visita aos Estados Unidos, para agredi-la verbalmente. O episódio aconteceu durante visita a Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Orgulhoso, o agressor compartilhou no Youtube os xingamentos proferidos à presidenta.

O brasileiro, que mora no país, conseguiu se juntar à comitiva do governo na cidade de São Francisco. Quando a presidenta Dilma chegou ao local, o jovem filmou o ato enquanto proferia palavras de baixo calão direcionados a presidenta brasileira.

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Estudante brasileiro Igor Gilly. (Imagem: Divulgação)

“Terrorista! Vai cair, hein! Terrorista que rouba a população tem mais é que ser morto. Comunista de merda!”, esbravejava em um pequeno corredor da universidade americana.

Sobre o ato de Igor Gilly na Universidade de Stanford, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) é enfático ao dizer que o rapaz deveria ter sido preso por ter atentado contra a segurança da presidenta Dilma e que essa falha da segurança poderia ter alcançado consequências piores caso ele estivesse armado.

O Ministério Público está analisando as imagens do brasileiro agredindo verbalmente Dilma e pode denunciá-lo por calúnia, injúria e difamação, além de enquadrá-lo na Lei de Segurança Nacional por ter colocado em risco a integridade física da presidenta.

Os episódios de ódio e intolerância realizados pela oposição não são novidade. Em maio deste ano, um homem que foi verbalmente agredido em um avião porque lia a revista “Carta Capital”. Mais recentemente, o criador do grupo “Revoltados Online” se hospedou no mesmo hotel, em Salvador, onde acontecia o 5º Congresso do Partido dos Trabalhadores, para provocar e tentar atrapalhar o evento.

“Esses atos cada vez mais se aproximam do rompimento com a própria legalidade. Nos Estados Unidos, contra a presidenta, a integridade dela foi colocada em risco. Em Salvador, a ação teve à clara intenção de criar um tumulto que poderia desencadear em um ato violento”, relembra.

Para o petista, há um processo crescente de revelia à lei. Exemplo disso são os adesivos de cunho sexista com a imagem da presidenta Dilma, colados próximo a bomba de gasolina dos veículos.

“Esses adesivos são absurdamente intoleráveis do ponto de vista do estado democrático de direto. Cada vez mais observamos um estado fascista, de extrema direita e radical. Nós vamos reagir politicamente e juridicamente contra isso”, diz.

O petista afirma ainda que os intolerantes se sentem resguardado quando o Brasil tem um Congresso que não respeita a Constituição e o regimento da Casa. “Dá-se a liberdade para a sociedade achar que pode fazer o que quiser. Essa onda fascista recente vai incentivar atos cada vez mais violentos”, avalia.

Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias

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