Manifesto para indicar Lula ao Nobel passa de 256 mil adesões

Petição foi criada pelo Prêmio Nobel Adolfo Perez Esquivel e já foi assinada pelo linguista Noam Chomsky, a ativista Angela Davis e o ator Danny Glover

Ricardo Stuckert

Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel no Acampamento Lula Livre, nesta quinta-feira (19), em Curitiba

A petição que pede que o ex-presidente Lula seja indicado ao Prêmio Nobel da Paz deste ano ultrapassou 256 mil assinaturas nesta sexta-feira (11). Criada pelo ativista de direitos humanos Adolfo Perez Esquivel, a petição pede que as políticas sociais criadas pelo ex-presidente Lula para combater a fome e a miséria sejam reconhecidas com a premiação.

Esta semana, o ex-secretário Geral da Anistia Internacional, o senegalês Pierre Sané, que foi membro fundador da Pan-African Foundation PANAF, uma ONG internacional que promove a unificação africana, assinou o manifesto.

Já haviam aderido à campanha, Rigoberta Menchú, indígena guatemalteca do grupo Quiché-Maia, agraciada com o Nobel da Paz de 1992, pela sua campanha pelos direitos humanos, especialmente a favor dos povos indígenas; o egípcio Mohamed ElBaradei, que em 2005 recebeu o Prêmio Nobel da Paz em nome da Agência Internacional de Agência Atômica; e personalidades americanas como a ativista Angela Davis e o ator Danny Glover; o filósofo e ativista Noam Chomsky e sua esposa, Valeria Chomsky; além de parlamentares brasileiros e europeus.

A petição foi lançada em abril e angariou mais de 100 mil assinaturas só nas primeiras cinco horas. A meta é de 300 mil adesões. Esquivel pretende entregar o abaixo assinado ao comitê norueguês do Nobel da Paz em setembro deste ano.

Visita proibida

Perez, que também é Prêmio Nobel, é amigo do ex-presidente há mais de 30 anos, teve sua visita a Lula na sede da Polícia Federal em Curitiba proibida no dia 19 de abril pela juíza Carolina Lebbos. Ela negou, por mais de dez dias, a realização de qualquer tipo de visita e inspeção ao local onde Lula está confinado, causando indignação internacional por sua atitude arbitrária.

Esquivel, que hoje está com 86 anos, justificou a iniciativa dizendo que, por meio do compromisso social, sindical e político de Lula, foi possível desenvolver políticas públicas para superar a fome e a pobreza em seu país, um dos mais desiguais no mundo.

“A paz não é somente a ausência da guerra, nem evitar a morte de uma ou muitas pessoas, a paz também é proporcionar esperança de futuro aos povos, em especial aos setores mais vulneráveis, vítimas da ‘cultura do descarte’ que nos fala o Papa Francisco”, escreveu o ativista na plataforma change.org, ao explicar os motivos que o levam a mobilizar a comunidade internacional para que Lula receba esse reconhecimento.

Esquivel tem denunciado a prisão política de Lula e as ilegalidades cometidas contra ele em outros países, como no Parlasul, quando parlamentares da bancada progressista realizaram uma manifestação em favor de “Lula Livre”.

Da Redação da Agência PT de Notícias com Portal CUT

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