Manual de Defesa nas Escolas traz estratégias contra a Lei da Mordaça; conheça

Diante dos ataques do governo Bolsonaro, documento mostra caminhos práticos e teóricos para lidar com abusos, ameaças, perseguição e tentativa de censura

A educação foi transformada em um campo de batalha pelo bolsonarismo. Sob uma delirante teoria de que existe um complô de doutrinação esquerdista nos locais de ensino, o presidente eleito e seus aliados travam uma verdadeira cruzada contra o livre pensar nas escolas e universidades.

Não faltam exemplos ameaçadores. O futuro ministro da Educação já adiantou que ‘ninguém irá impedir’ que Bolsonaro veja a prova do Enem antes do exame. Também já declarou o apoio ao Escola Sem Partido e acha que ampliar o acesso à universidade é ‘bobagem’ porque ‘nem todo mundo gosta’. E foram extintos os ministério da Cultura e do Esporte.

A ameaça mais concreta até agora é o projeto auto-intitulado “Escola Sem Partido”. O STF adiou por tempo indeterminado a votação do caso de Alagoas que poderia tornar o projeto inconstitucional. Enquanto isso, o projeto avançou na Comissão Especial, e pode ser votado já na próxima semana.

Diante desse cenário tão sombrio, educadores e especialistas se mobilizam para resistir e enfrentar os abusos de cabeça erguida. O Manual de Defesa Contra a Censura nas Escolas traz uma série de estratégias contra ameaças (externas e de dentro da comunidade escolar), perseguição virtual e outros casos.

O manual também explica passo a passo como recorrer à Justiça nos casos mais extremos. Há exemplos práticos de como lidar, por exemplo, com um político que ameace invadir a escola porque se acredita capacitado para tal.

A iniciativa foi idealizada por diversas entidades ligadas a educação, como a CNTE (Confederação Nacionaldos Trabalhadores em Educação), o Núcleo de Consciência Negra da USP, o MST e a organização não-governamental Ação Educativa.

Essas organizações entendem que essas demandas não são espontâneos, mas orquestradas por “movimentos que se alimentam da desinformação geral dos preconceitos e, de forma leviana, mobilizam o sentimento das famílias” sobre esses assuntos inquietantes do ensino.

Tão importante quanto ouvir as famílias e dialogar com elas, conforme aconselha o documento, é organizar professores, sindicatos e os estudantes contra o abuso e os retrocessos.

Leia o manual na íntegra:

Da Redação Agência PT de Notícias

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