Marco para o Brasil: SP inaugura ciclovia na Avenida Paulista

Trecho liga a Praça Oswaldo Cruz à Avenida Angélica e foi aberto oficialmente neste domingo (28). Com isso, capital passa a ter 334,9 quilômetros de malha cicloviária

Foto: Heloisa Ballarini / SECOM

O principal cartão postal de São Paulo foi tomado por centenas de bicicletas neste domingo (28), durante a inauguração da ciclovia da Avenida Paulista. Para o prefeito Fernando Haddad (PT), o trecho recém-inaugurado é de fundamental importância para a cidade.

“Isso aqui não é uma política partidária, não é uma política de governo. É uma política que deveria ser abraçada por todos os partidos, por todos os governos, para que pedestres e ciclistas tivessem o seu espaço garantido, além do transporte público. É importante para a cidade também pelo simbolismo. O principal cartão postal da América Latina agora tem um marco, que é a malha cicloviária”, declarou Haddad.

A nova via exclusiva para bicicletas tem 2,7 quilômetros de extensão, da Praça Oswaldo Cruz à Avenida Angélica, e foi construída com concreto pigmentado, método que confere maior durabilidade, regularidade e resistência ao piso. Alguns trechos, próximos a semáforos, ganharam grades para a proteção dos ciclistas. A fim de garantir maior segurança nas travessias, a sinalização semafórica existente foi sincronizada para o fluxo de bicicletas.

A Prefeitura também entregou hoje a ciclovia da Rua Itápolis, no Pacaembu, zona oeste. O trajeto passa ao lado do Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho (Estádio do Pacaembu) e faz conexão com as ciclovias das avenidas Paulista e Pacaembu. Com mais essas ciclovias entregues à população, a cidade passa a ter 334,9 quilômetros de malha cicloviária, incluindo 31,9 quilômetros de ciclorrotas. Aos domingos e feriados, a cidade conta ainda com 140 quilômetros de ciclofaixas de lazer.

A atual gestão inaugurou 238,3 quilômetros de ciclovias desde junho de 2014. Antes, São Paulo possuía apenas 64,7 quilômetros. Para alcançar a meta 97 do Programa de Metas do Município, que prevê a implantação de 400 quilômetros de vias cicláveis, a administração municipal prevê o investimento de R$ 80 milhões.

Segundo o prefeito, outra ciclovia importante para a capital, localizada sob o Elevado Presidente Costa e Silva (Minhocão), tem previsão de entrega para o final do mês de julho, ainda sem data definida. Devido ao aumento das vias destinadas à circulação exclusiva de bicicletas, a administração municipal estuda a possibilidade de intensificar suas ações educativas.

“A observância das regras é fundamental para a segurança, não apenas dos ciclistas, mas [também] dos pedestres. Nós fizemos uma campanha de proteção ao ciclista antes da malha cicloviária. Talvez tenha chegado o momento de fazer uma campanha para o ciclista observar as regras, que são pouco conhecidas. O poder público vai ter que atuar nessa direção também”, afirmou o prefeito.

A inauguração da ciclovia da Paulista também serviu de teste ao projeto de fechar a via para automóveis todos os domingos. A ideia é transformar a principal via de São Paulo em um local onde pedestres e usuários de bicicletas, skates e patins possam conviver e vivenciar a cidade.

“Seria bom fazer da Paulista, aos domingos, um grande parque, onde as pessoas pudessem passear com tranquilidade, com segurança. Do ponto de vista da circulação viária, não há dificuldade nenhuma”, destacou secretário municipal de Transporte, Jilmar Tatto.

David Santos Sousa, que em 2013 perdeu o braço esquerdo após ser atropelado enquanto pedalava na Paulista, comemorou a inauguração do novo espaço. “Não é só uma ciclovia, é proteção à vida. Essa não é uma vitória só minha, é uma vitória de São Paulo. Espero que ocorra em outros Estados do Brasil, se tornando uma revolução”, disse.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Prefeitura de São Paulo

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