Maringá: petista quer barrar privatizações e investir em mobilidade
Humberto Henrique prioriza temas como mobilidade urbana, segurança e meio ambiente. Propostas foram elaboradas em conjunto com a população
Publicado em
Foto: divulgação
Depois de três mandatos como vereador, o contador Humberto Henrique se sente preparado e seguro para assumir a prefeitura de Maringá, cidade de 400 mil habitantes localizada no norte do Paraná e a quinta mais rica do Estado.
Os temas prioritários apontados no plano de governo são Mobilidade Urbana, Segurança e Meio Ambiente. As propostas foram elaboradas após reuniões com a população, sendo três grandes plenárias e outros encontros menores.
Humberto Henrique acredita que a população merece um plano de mobilidade específico e questiona a tarifa de R$ 4, mais alta que a da capital paulista – uma das maiores cidades do mundo.
“Por aqui se incentiva muito o uso do transporte individual, nosso foco será governar para as pessoas, numa gestão democrática e na construção de uma cidade onde os cidadãos possam usufruir dos bens públicos”, falou.
Uma licitação para o transporte, feita em 2011 pela prefeitura local, inclusive, é investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por suspeita de fraude, corrupção ativa e crimes contra a ordem econômica.
Na área de Segurança Pública, a ideia é investir na Guarda Municipal para melhor atendimento e integração com a sociedade. “Não queremos a repressão, mas uma guarda humanizada”, destaca.
A criação de uma política de coleta seletiva de resíduos sólidos e compostagem também terá prioridade na Administração de Humberto Henrique, caso ele ganhe a disputa à prefeitura. Em recentes cálculos feitos por ele mesmo e disponibilizados ao público, é indicado que o Poder público municipal paga até 123% a mais pela recente terceirização do serviço na cidade.
O Ministério Público (MP) também tem suspeitas sobre o contrato e pediu suspensão do serviço. O documento firmado pela prefeitura não tem detalhes sobre a quantidade de lixo coletada pela empresa contratada, o que gera mais desconfiança ainda.
Foto: divulgação
Com mandato de vereador notabilizado por atuação de diferentes áreas e oposição a atual Administração, o petista tem orgulho de atuar a favor aos interesses populares. “A situação é maioria absoluta na Câmara. Somos apenas três na oposição, sendo dois do PT. Temos uma notória ação contra privatização do hospital municipal, que conseguimos barrar e o governo praticamente desistiu”, falou.
A coalizão com o PC do B, que indicou a vice Ana Lúcia Rodrigues, deve alavancar os votos do candidato petista. “Ela é professora universitária e pesquisadora ligada ao Observatório das Metrópoles, sabe muitos dados estatísticos sobre Maringá e vai enriquecer muito a campanha em relação às questões de planejamento urbano”, avaliou o candidato.
Ideias do PC do B, inclusive, estão sendo incorporadas ao plano de governo já realizado previamente. A expectativa de Humberto Henrique é de que o número de votos aumente durante as próximas semanas de campanha e contato com a população.
“Esperamos ir para o segundo turno. Hoje a estimativa é de que temos 15 a 20% dos votos, mas vamos trabalhar por muito mais. Queremos ir para as ruas e mostrar nosso projeto para as pessoas, sobretudo para aquelas que não se importam se o candidato é de partido A ou B”, falou.
O principal oponente de Humberto deve ser o ex-prefeito Silvio Magalhães Barros (PP), que integrou o primeiro escalão do governador tucano Beto Richa, desgastado por ações antipopulares, como aumento de impostos, e a dura repressão durante a greve de professores em 2015.
Da Redação da Agência PT de Notícias
