Ministro diz que governo se esforça para melhorar a vida do brasileiro

Em coletiva de imprensa, Janine Ribeiro disse que a Educação Básica será prioridade e que o Plano Nacional de Educação (PNE) será seguido com rigor

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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Em sua primeira entrevista coletiva como ministro da Educação, Janine Ribeiro elogiou o esforço do governo da presidenta Dilma Rousseff “para melhorar a condição do brasileiro”, mesmo diante dos ajustes necessário para retomar o crescimento econômico do País. Ciente dos desafios que terá à frente da pasta, garantiu que o Plano Nacional de Educação (PNE) será seguido com rigor.

“Essa lei é nossa bíblia”, disse Janine, após tomar posse, nesta segunda-feira (6). Segundo ele, o PNE “trará uma mudança radical na educação brasileira”, no prazo de dez anos.

Além do investimento de pelo menos 10% do Produto Interno Bruno (PIB) em educação, o texto estabelece 20 metas desde a educação infantil até a pós-graduação.

Entretanto, Janine não descartou a necessidade de reavaliar algumas metas do PNE. Em relação a alfabetização por exemplo, explicou que é possível melhorar. “Eu acredito que é possível conseguir alfabetizar muito mais rápido”, destacou Ribeiro.

Questionado sobre a ajuste fiscal defendido pelo governo, o novo ministro declarou que a pasta dará a sua contribuição, mas que não haverá corte de verbas de programas essenciais do MEC. “A principal prioridade é ver como podemos escalonar desembolsos e investimentos, caso haja redução (de verba) significativa”, explicou.

Janine defendeu a necessidade de recursos para a área de educação, principalmente nos avanços da Escola Integral. “É uma peça chave na escolaridade. Não tem mais sentido ter criança na rua. Temos uma multidão de crianças que fora do horário escolar estão na TV ou com alguém que está olhando esta criança”, disse.

Os programas de apoio aos estudantes, como o Pronatec, que fomenta cursos técnicos e profissionalizantes e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) expandiram ao longo da gestão do PT e permanecem na lista de prioridades do governo, segundo apontou o ministro. Janine reiterou, ainda, a manutenção dos principais programas na área de educação. “Não será sacrificado nada estruturante”, disse.

O embate criado pela mídia sobre suposto conflito de opiniões entre o novo ministro e a presidenta Dilma Rousseff foi negado por Janine Ribeiro. “Quando a presidente me convidou, a primeira coisa que ela me disse foi: ‘professor, nós sabemos tudo sobre o senhor, o senhor não precisa dizer nada’. Eu entendi justamente que a presidente estava me dispensando de qualquer explicação até porque foi ela que me convidou”, disse o ministro.

“Considerei isso da parte dela um sinal de grandeza, uma pessoa que aceita críticas e se dispõe a trabalhar com ela em um momento essencial”, comentou.

Histórico – Janine Ribeiro foi convidado para o cargo no último dia 27 de março. O novo ministro é filosofo e já atuou como professor de ética e filosofia política na Universidade de São Paulo (USP).

Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Noticias

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