Ministro golpista: Osmar Terra desconhece objetivos do Bolsa Família

Crítico do programa, novo ministro do Desenvolvimento Social pediu dinheiro a Leo Pinheiro, condenado na Lava Jato por participar de cartel na Petrobras

A necessidade de reduzir ministérios para mostrar austeridade fez com que o presidente golpista Michel Temer juntasse as pastas do Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Agrário e as entregasse justamente ao deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), crítico contumaz do Bolsa Família e dos movimentos de luta pela reforma agrária, como o MST.

Embora negue a intenção de realizar cortes no Bolsa Família, o ministro golpista é daqueles que acreditam que “é preciso ensinar a pescar”, e já disse em entrevistas que o programa não tem “porta de saída”, criando “uma legião de dependentes”.

Essas impressões demonstram seu desconhecimento em relação aos propósitos do Bolsa Família, que além de promover alívio imediato da pobreza, por meio da transferência de renda, tem como proposta essencial emancipar as famílias em situação miséria no País.

Além disso, as declarações do ministro revelam que ele ignora os resultados e estatísticas que desmentem sua tese. Até o final de 2014, mais de 2,7 milhões de famílias deixaram o programa, de acordo com dados oficiais.

Irregularidades na gestão pública
Osmar Terra faz jus ao ministério golpista do governo ilegítimo de Michel Temer, repleto de figuras envolvidas em investigações judiciais.

No âmbito da Operação Lava Jato, o nome de Terra surgiu relacionado ao do empresário Leo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, condenado a 16 anos de prisão por participar de cartel na Petrobras. Citado na relação de políticos que trocaram mensagens por celular com Pinheiro, o ministro golpista admitiu ter solicitado à empreiteira doação para sua campanha em 2014. Ele disse que acertou um repasse, mas, como o dinheiro não foi liberado, enviou uma mensagem ao executivo.

As passagens de Terra pela gestão pública também foram marcadas por suspeitas de atos ilícitos. Prefeito de Santa Rosa (RS), entre 1993 e 1996, e Secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, de 2007 a 2008, teve que responder ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) por irregularidades em suas gestões, as quais lhe valeram aplicação de multa.

O atual ministro também foi alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de crime de sonegação de documentos. Conforme a denúncia, em 2009, à frente da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, Osmar Terra teria sonegado documentos necessários para a realização de auditoria do Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS).

Da Redação da Agência PT de Notícias

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