Motivado com Vigília, Lula avisa: “Eu vou pacificar o Brasil”

Ex-presidente está feliz por ouvir melhor o povo após local de resistência ganhar novo endereço; ordem é planejar futuro e tirar o país da crise

Joka Madruga

Marcio Macedo e Paulo Okamotto (primeiro à esquerda) após visita a Lula nesta quinta (19)

Embora permaneça como preso político há mais de 100 dias, Lula nunca deixou de estar próximo do povo. Seja pelas cartas que escreve e recebe. Seja pelo apoio das ruas. Aliás, o incentivo da militância do lado de fora da Polícia Federal em Curitiba continua fortalecido, mas agora com parte da Vigília Lula Livre funcionando em terreno mais próximo da PF.

“Estou muito emocionado e motivado por ouvir melhor a voz de vocês e quero deixar claro que vou voltar para pacificar o Brasil”, declarou o ex-presidente nesta quinta-feira (19) durante visita do vice-presidente Nacional do PT, Marcio Macedo, e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, que transmitiram o recado.

Ambos, por sinal, fizeram questão de deixar claro que, embora a situação do Brasil pós-golpe seja extremamente preocupante, a luta tem de ser com alegria e esperança. “Lula está muito mais contente porque dá pra ouvir melhor o apoio e o carinho das pessoas agora. É isso que ele e todos nós queremos daqui frente: animação, acreditar na esperança, que é possível resolver as coisas. O partido sabe que o que está em jogo é a vida dos brasileiros”, revelou Okamotto.

A Macedo, Lula confidenciou também que segue indignado com a prisão política, injusta e arbitrária que tem como objetivo tirá-lo da disputa eleitoral, mas que segue animado e “candidatíssimo” ao pleito. “O presidente Lula está indignado com a prisão injusta, ilegal e irregular. Está triste com a situação do Brasil, com o que estão fazendo com o povo brasileiro e com a política que está em curso para desmontar o país, mas está com uma energia, numa vontade de voltar a ser presidente da república muito grande. É candidatíssimo e vai registrar a sua candidatura no dia 15 de agosto”, revelou Macedo.

Quando perguntado se o partido pensa em alguma alternativa para o nome de Lula, o vice-presidente do PT foi incisivo: “A palavra de ordem é cuidar do plano de governo, cuidar da campanha, e botá-la na rua porque ele tá candidatíssimo a presidente”.

O presidente tem consciência, contou Okamotto, “de que o que está em jogo é o futuro das crianças brasileiras, dos trabalhadores brasileiros. Neste momento o único candidato capaz de pacificar o país é o Lula. Portanto ele está muito tranquilo, animado e contente em poder ajudar neste momento tão difícil”.

A animação, por sinal, tem feito Lula ler e escrever incansavelmente para manter o diálogo com os milhões de brasileiros e brasileiras que esperam o seu retorno ao posto máximo da nação. “Ele está firme. Pense num cara animado. Estou feliz com o estado de espirito dele. Totalmente antenado e focado. Nunca escreveu e leu tanto quanto agora. Está escrevendo sobre tudo: ciência e tecnologia, educação, saúde…A sua prisão não aprisiona os seus direitos políticos. Isso é um problema que a Justiça terá que resolver. Ele tem o direito de falar, de ir pra televisão”, concluiu Macedo.

Por Henrique Nunes da Agência PT de Notícias

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