Movimentos sociais organizam manifestação contra o golpe

Atos em todo o País tomarão as ruas no dia 20 de agosto em defesa da democracia e contra o avanço do conservadorismo

Foto: Robson Fernandjes/ Fotos Públicas

Movimentos sociais, centrais sindicais e partidos de esquerda estão se articulando e convocando a população para participar de uma mobilização nacional em defesa da democracia e a favor de direitos sociais, no dia 20 de agosto.

A manifestação é uma resposta às tentativas de golpe e do avanço de pautas conservadoras no Congresso Nacional, como a redução da maioridade penal. Além disso, os atos também visam a defesa de direitos trabalhistas.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) é uma das organizações que convoca para a mobilização. A vice-presidente UNE, Tamires Sampaio, acredita que as ofensas dirigidas à presidenta Dilma Rousseff por representantes da direita atingem a todas as brasileiras.

“É uma afronta a todas as mulheres, à história do Partido dos Trabalhadores (PT) e a todos os avanços conquistados nos governos Lula e Dilma, como ocupação de espaços de poder por mulheres, ingresso de pessoas com menor poder aquisitivo em universidades, negros ocupando espaços de decisão”, relata.

O objetivo das ações da oposição, segundo ela, é acabar com os direitos sociais que a população conquistou, por meio da militância e da luta. “Ocupar as ruas é uma oportunidade também para a divulgação de pautas mais propositivas, como a universalização e melhora da qualidade da educação”.

Para ela, os meios de comunicação têm responsabilidade sobre o avanço do golpismo. “A militância precisa ocupar as ruas e mostrar que o País que a mídia mostra não existe”, critica.

Em entrevista ao “Portal Vermelho”, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adílson Araújo, defendeu a formação de uma ampla frente que reúna vários setores com o objetivo de barrar o conservadorismo.

Entre as pautas, devem estar a defesa da soberania e da indústria nacionais, da Petrobras e do avanço econômico, social e político.

“É verdade que a situação do pais não é confortável, temos aumento de tarifas de energia, do combustível, mas já vivemos momentos muitos piores”, lembrou o sindicalista, em referência às gestões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias, com informações do Portal Vermelho

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