Não aceitaremos golpe, diz Stedile

Dirigente do MST participou de ato em Porto Alegre. Mais de seis mil pessoas se reuniram em defesa da Petrobras, da democracia e da reforma política

O dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) João Pedro Stedile, afirmou, em ato nesta sexta-feira (13) em Porto Alegre, que não aceitará “golpe” contra a democracia e contra a presidenta Dilma Rousseff.

“Se a burguesia quiser dar um golpe de novo, nós vamos ocupar e acampar nesta praça, e preparar uma marcha para enfrentar os golpistas em Brasília”, declarou.

Mais de seis mil pessoas participaram da manifestação em Porto Alegre e seguiram em macha para o Palácio Piratini na manhã desta sexta.

Stedile criticou a oposição e acusou os contrários ao governo de defenderem o impeachment da presidenta Dilma.

“Eles perderam nas urnas e não se deram por vencidos. Controlam o Congresso, o Judiciário e a mídia. Perderam na democracia e agora, insuflados por uma mídia hipócrita e vendida, querem dar um golpe na democracia”, disse Stedile.

O dirigente também criticou a atuação da mídia brasileira e relembrou que atos de corrupção são denunciados no Brasil há anos.

“A corrupção é um elemento endêmico do governo das elites brasileiras há 500 anos. A democracia no Brasil foi sequestrada pelo capital e a solução para esse problema é uma Reforma Política que mude o atual sistema político”, defendeu.

Para ele, a reforma política só será possível com uma grande mobilização nas ruas. “Essa é a única saída democrática e sustentável para o nosso povo”, explicou.

O presidente estadual do PT, Ari Vanazzi, também presente no ato, convocou os militantes para irem às ruas.

Ao destacar que o ato na capital gaúcha foi o maior durante esta manhã, o dirigente reafirmou o importante papel dos movimentos sociais no atual cenário de luta política no país.

As manifestações desta sexta marcam o Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora e foram convocadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), que representa cerca oito milhões de trabalhadores em 3,2 mil sindicatos.

Apoiam os atos a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), além de movimentos como a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e o Movimento dos Sem Terra (MST).

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Brasil 247

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