No PR, crise se agrava e professores vão às ruas

Governo tucano está em falta não só com professores dos ensinos fundamental e médio. Dívida com custeio do ensino superior, que ameaça parar, já chega R$ 124 milhões

A crise da gestão Beto Richa (PSDB), no Paraná, se expande ao mesmo tempo em que os funcionários públicos não cedem às pressões governamentais. Mais de 30 mil professores da rede pública de ensino estadual, que entram pela terceira semana em greve, farão ato de manifestação nas ruas da capital paranaense, nesta quarta-feira (25).

As sete universidades públicas do estado ameaçam parar as atividades por falta de recursos. As instituições reclamam falta de verbas até para  quitar despesas básicas, como contas de água e luz.

Por falta de acordo acerca das reivindicações, que vão desde pagamentos atrasados à não concordância com projetos do governo que repercutem  no planejamento da Educação no estado, os professores grevistas farão duas caminhadas que devem se encerrar com uma reunião do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná com o governo, no Palácio Iguaçu, às 10h.

A marcha promete reunir educadores de Curitiba e Região Metropolitana, na Praça Rui Barbosa, a caravanas de professores do interior e litoral, marcada para acontecer na Praça Santos Andrade.

Sem verbas  – As universidades estaduais alegam não ter mais condições de continuar as atividades diárias sem receber pelo menos parte dos recursos de custeio com as unidades.

Sem recursos, ameaçam fechar as portas, cortar bolsas de estudo e paralisar as compras de materiais. De acordo com informações da Associação Paranaense de Professores de Ensino Superior Público (Apiesp), a dívida do governo com o custeio das universidades é de R$ 124 milhões.

O valor inclui o pagamento de tarifas básicas de água, luz e telefone, por exemplo, e, a falta da verba tem afetado as universidades com cortes no fornecimento dos serviços. Funcionários terceirizados e estagiários também são pagos com o recurso.

Nessa tarde os reitores e o presidente da Apiesp, professor Aldo Nelson Bona, estão reunidos com o governo para decidir a situação. Emergencialmente o governo deve anunciar o repasse total de R$ 9 milhões, um pouco para cada instituição, com o objetivo de minimizar o problema.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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