No Programa do Jô, Dilma diz que Brasil passa por dificuldades momentâneas

No programa exibido da noite de sexta, presidenta falou sobre a Petrobras, a luta contra a inflação, sobre as promessas para o segundo mandato, entre outros assuntos

Brasília - DF, 11/06/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista ao Jô Soares. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff defendeu, em entrevista ao “Programa do Jô” exibido na noite desta sexta-feira (12), o potencial de recuperação da economia brasileira. Para ela, o Brasil enfrenta, de forma momentânea, problemas e dificuldades. No entanto, esses empecílios não são estruturais.

“O Brasil está momentaneamente em problemas e dificuldades, não estruturalmente doente; por isso, simultaneamente ao ajuste fiscal, precisamos fazer investimentos em infraestrutura e manter os investimentos nos programas sociais”, explicou a presidenta ao apresentador Jô Soares.

Sobre as promessas assumidas durante campanha eleitoral, Dilma disse ser preciso aguardar todo o mandato.

“Estou entrando no sexto mês de mandato. É muito difícil dizer que não cumpri minhas promessas porque tenho ainda um mandato inteiro para cumpri-las”, respondeu.

“Eu me esforço, todo santo dia, para estar à altura do que eu acho que tem que ser feito pelo País. Apesar de termos feito muito – o Brasil reduziu de forma drástica a miséria e deu um salto na infraestrutura, em várias áreas – ainda há muito o que mudar, avançar e construir”, afirmou a presidenta.

Além disso, a presidenta voltou a defender o ajuste fiscal proposto pelo governo federal e garantiu que programas sociais serão mantidos. Ao abordar a inflação, ela disse que a taxa brasileira deve melhorar até o fim de 2015.

“Fico preocupada porque acho que vamos ter de fazer um imenso esforço. Nós iremos fazer o possível e o impossível para o Brasil voltar a ter inflação bem estável, dentro da meta. Este processo que estamos vivendo tem um tempo, ele não vai durar”, explicou.

Dilma também comentou com Jô Soares temas como a Petrobras e as denúncias de corrupção na estatal. Ela voltou a defender que a empresa brasileira não seja confundida com funcionários que cometeram atos ilícitos.

“A Petrobrás não pode ser confundida com funcionários que cometeram irregularidades. Ela registrou o balanço, teve as contas aprovadas pela Comissão de Valores Imobiliários do Brasil e na equivalente à comissão nos Estados Unidos, que é a SEC. A Petrobrás está no caminho certo”, avaliou.

Durante a entrevista, Dilma também relembrou a época em que foi presa, durante a ditadura, e disse que o ocorrido a ensinou a “resistir”.

“Eu quero dizer que eu tenho uma imensa capacidade de resistir. Aprendi isso ao longo da minha vida. Me prenderam e eu aprendi. Me botaram na cadeia e eu aprendi a resistir, a ter tranquilidade para você aguentar, sabendo que uma hora passa. Agora, eu acho que sou uma mulher dura no meio de homens meigos. Os homens são meigos e as mulheres, duras. Eu sou dura porque não posso ser uma presidente mole”, afirmou.

Da Redação
da Agência PT de Notícias

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