No Senado, Gleisi rebate uma a uma as mentiras de Palocci sobre Lula

Resgate de delação sem provas serve à campanha de vingança contra o PT, alertou a senadora. “Onde estão as provas, os nomes, o dinheiro?”

Alessandro Dantas/PT no Senado

A senadora e presidenta nacional do PT Gleisi Hoffmann fez uma dura denúncia sobre o capítulo mais recente do circo da Lava Jato contra Lula e o PT: a libertação de Antonio Palocci após o ‘pacto’ de delações sem provas. Em plenário nesta terça (27), ela desmentiu cada uma das mentiras do ex-ministro.

O TRF-4 deve decide amanhã (28) se manda Palocci para casa, informa a Folha de S. Paulo. Ele poderá cumprir regime semi-aberto e terá de volta mais de R$30 milhões.

Preso há dois anos – de forma ilegal, como tantas outras decisões do juiz-ministro – Palocci percebeu que entrar no jogo de Moro era sua a única chance de deixar a cadeia. “Naquela época, já era atendido por um advogado com histórico esquemas de Sergio Moro”, aponta a senadora.

A delação já havia sido rejeitada pelo Ministério Público Federal por falta de provas. E foi criticada até mesmo por procuradores da Lava Jato – como disse Carlos Fernando dos Santos Lima, a delação que prometia ser “do fim do mundo” virou delação do “fim da picada”.  Mas Palocci conseguiu registrá-la na Polícia Federal e no TRF-4.

Gleisi lembrou que a maioria dos corruptos da Petrobras e seus corruptores está solta ou cumpre pena em prisão domiciliar e desfrutam da fortuna que roubaram. “Disseram que os procuradores e Moro queriam, principalmente para atingir o PT e o presidente Lula”, completou.

A presidenta do PT considera que a aniquilação de Lula é a grande missão do complô judicial escancarado com a aliança de Moro e Bolsonaro.

“Essa é a promessa de Bolsonaro e essa é a ação de Sergio Moro. Se algo acontecer a Lula, a responsabilidade é dessa Lava Jato, que não tem nenhum compromisso com a verdade, com as provas e com o devido processo legal.”

Plenário do Senado

#AOVIVO | A história vai registrar que, ao contrário de combater a corrupção como era o objetivo inicial, a Operação Lava Jato, comandada por Sérgio Moro, promoveu um espetáculo de impunidade em nosso país. A maioria dos corruptos da Petrobrás está solta ou cumprindo prisão domiciliar, graças a acordos de delação premiada em que não disseram a verdade. Disseram o que os promotores queriam ouvir para perseguir o PT e o Lula.

Publicado por Gleisi Hoffmann em Terça-feira, 27 de novembro de 2018

Confira:

A Odebrecht NÃO colocou 300 milhões à disposição de Lula após o fim de seu primeiro mandato

Nenhum dos 77 delatores da empreiteira disse isso. Esse valor foi citado por Marcelo Odebrecht da seguinte forma: “Duzentos milhões doados para campanhas municipais de 2008 e cem milhões doados para a campanha presidencial de 2010”. Lula não autorizou e nem foi informado sobre essa suposta movimentação. Emílio Odebrecht confirmou a declaração do filho, mas destacou que jamais falou sobre dinheiro com Lula. 

Lula NÃO pediu/recebeu pacotes de propina após seu governo, incluindo um imóvel para o Instituto Lula

Lula jamais pediu e recebeu quaisquer benefícios. Marcelo Odebrecht diz que o imóvel foi comprado por uma empresa chamada DAG, mas nem ele, nem o pai, nem os outros 75 delatores da empresa jamais disse que o terreno seria doado ao Instituto.

A denúncia do MPF não procede, e sequer deveria estar sob a jurisdição de Moro (a sede Instituto Lula fica em São Paulo e não em Curitiba). Marcelo Odebrecht afirmou que a aquisição do imóvel não tem qualquer relação com a Petrobras.

Palocci NÃO convenceu Lula e os diretores do IL a recusar o terreno, em 2011

Foi o próprio Lula quem descartou o prédio. Depois de uma visita em junho daquele ano, ele concluiu que o espaço não servia ao instituto. Em fins de 2011, Lula estava sob intensa quimioterapia para tratamento de câncer, afastado de qualquer atividade.

A Odebrecht NÃO pagou propina de 4 milhões ao Instituto Lula

Todas as doações empresariais ao Instituto foram registradas, contabilizadas e informadas à Receita Federal. Vários outros institutos de ex-presidentes também receberam doações de empresas.

Ninguém, exceto Palocci, se referiu a essas doações como “propinas”, expressão que passou a ser utilizada por delatores premiados e procuradores levianos para criminalizar qualquer movimentação financeira envolvendo seu alvos políticos.

Essa expressão que começou a ser utilizada por delatores e procuradores para criminalizar qualquer movimentação financeira envolvendo seus alvos políticos. Todas as palestras de Lula foram registradas, contabilizadas e registradas com imposto pago. Nenhum delator se referiu a elas como propinas.

Se o ato de dar palestras em troca de remuneração é ilegal, Moro também deveria dar explicações.

Lula NUNCA teve conversa com Palocci em fevereiro de 2007 sobre a Petrobras

Naquele ano, nenhum órgão de controle (externo ou interno), procurador ou jornalista havia apontado casos de corrupção na Petrobras. A única pessoa que conhecia os extratos de Alberto Youssef era Sergio Moro, que o manteve grampeado por oito anos.

MPs de Lula e Dilma NÃO foram mais de 1000, e nem foram ilegais

As medidas provisórias apresentadas nos governo petistas foram cerca de 600, todas submetidas ao Congresso, de acordo com a Constituição e seguindo os regimentos da Câmara ou Senado. Transformadas em lei ou rejeitadas conforme o juízo dos parlamentares.

Se fosse verdade o que diz Palocci sobre pagamentos ilegais, ele tinha obrigação de denunciá-las quando era ministro, ao invés de confessar agora. Onde estão as provas, os nomes, os valores?

Os valores de campanha de Lula e Dilma foram aprovados pela Justiça Eleitoral, que aprovou todas as contas.

Lula NÃO pressionou fundos de pensão a investirem na Petrobras

A construção de sondas, navios e equipamentos para a Petrobras foi aprovada das eleições 2002, debatida com o povo. Ressuscitou a indústria naval brasileira e gerou mais de 1 milhão de novos empregos na cadeia produtiva de óleo e gás. A participação dos fundos de pensão da estruturação dos estaleiros foi feita dentro da lei e dos interesses dos acionistas.

Criminoso é a Petrobras voltar a fazer compras lá fora, como faz Temer e fará o governo Bolsonaro. Vão gerar empregos lá fora, em Cingapura, na China…

Da Redação Agência PT de Notícias

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