Nos 39 anos do PT, Vigília tem arte, diversidade religiosa e poesia a Lula

A chegada dos 39 anos da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), comemorada neste domingo (10), era aguardada com apreensão na Vigília Lula Livre, já que seu fundador e maior líder, Luiz Inácio Lula da Silva, segue mantido como preso político na sede da Polícia Federal de Curitiba.

A poucos metros dali, no entanto, o que se viu durante toda a data espantou qualquer dúvida sobre a força cada vez maior do partido e a disposição incontestável da militância para manter o local como símbolo de resistência, harmonia e espírito democrático.

Com a presença de representantes de diversas religiões, movimentos sociais e caravanas vindas de várias partes do país, a Vigília fez jus à sua missão de se manter firme e forte na luta pela liberdade do ex-presidente e pelo restabelecimento da democracia. Com o microfone aberto para que a militância se pronunciasse das mais variadas formas, o espaço foi cativado por muita música, dança, depoimentos marcantes e também poesia. Como a feita por uma das militantes em forma de carta endereçada a Lula em que conta os retrocessos ocorridos no Brasil a partir do governo Bolsonaro. “Enquanto tudo isso segue rapidamente, a Vigília Lula Livre sobrevive bravamente, com muita garra construindo várias frentes”, diz trecho.

Quem também usou a palavra durante a celebração foi Roberto Baggio, antigo militante do MST e figura onipresente na Vigília desde o seu início. “Hoje não comemoramos apenas o aniversário do PT. Na verdade a data coincide com o fortalecimento de toda a esquerda do país. O partido foi fundamental no surgimento de todas as frentes progressistas que hoje aí estão”, elogiou.

Outro que também tem sido frequentador assíduo da Vigília é Doutor Rosinha, presidente do PT no Paraná, que falou da pluralidade que marca a trajetória da legenda:  “Ao longo dos seus 39 anos, o Partido dos Trabalhadores não só se construiu como referência da classe trabalhadora como também se tornou o espaço maior de emancipação das mulheres, que sempre tiveram papel fundamental na história do partido. A direita tem medo do livre pensamento e da liberdade, direitos que nós sempre priorizamos”.

Da Redação da Agência PT de Notícias