Secretaria Nacional de Cultura do PT se opõe à censura

Em nota assinada em conjunto com secretarias estaduais, a Secretaria Nacional de Cultura do PT defende a liberdade de expressão e de criação

Tomaz Silva/Agência Brasil

Diante dos casos de censura e repressão à criatividade e à produção artística que vem crescendo rapidamente no país, a Secretaria Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores, à luz da Carta à Cultura apresentada em nosso Encontro Nacional de Cultura dos dias 21 e 22 de outubro de 2017, e em conjunto com as Secretarias Estaduais de Cultura do PT, vem a público reafirmar sua posição em defesa da liberdade de expressão e de criação, inscritas na Constituição de 1988, e combater qualquer tentativa de criminalização da cultura, da arte e dos artistas.

A censura é uma das armas daqueles que querem calar a divergência, negar a diversidade e suplantar as garantias democráticas do Brasil, já tão abaladas pelo golpe de 2016. O direito à cultura é um direito fundamental e só pode ser garantido em uma sociedade democrática, que assegura aos criadores liberdade de expressão de sua inventividade.

A diversidade cultural brasileira e a excepcional produção artística que desenvolvemos são das maiores riquezas que possuímos como nação. Defender a arte e a cultura contra as investidas do obscurantismo, do fundamentalismo e do oportunismo político significa proteger os melhores e mais elevados valores produzidos pela humanidade.

A criação artística é sempre um exercício de questionamento do mundo que traz consigo a possibilidade de transformação da realidade. A ação criadora da arte e da cultura fomenta as condições de emancipar a sociedade das amarras do ódio, do preconceito e da violência que nos ameaçam como coletividade.

Entendendo a gravidade desse momento histórico, os militantes da cultura do Partido dos Trabalhadores afirmam que não recuarão diante obscurantismo e convocam para essa justa luta contra a censura e a criminalização da arte e da cultura, o conjunto da sociedade brasileira.

O PT foi formado pelo mais fértil campo de ativismo do pensamento brasileiro. É o partido de Antonio Candido, de Paulo Freire, de Sérgio Buarque de Hollanda, de Marilena Chauí, de Lélia Abramo, de Mário Pedrosa e tantas outras figuras do mais generoso pensamento libertário e transformador que contribuíram para formar um vasto campo de conhecimento e consolidar os mais belos sonhos de uma sociedade democrática e libertária. Suas reflexões nos inspiram nesse momento de luta contra a censura. Sobretudo o pensar de Mário Pedrosa, que durante as trevas do arbítrio da ditadura anunciou com clareza “em época de crise, fique ao lado do artista”.

Brasília, 30 de outubro de 2017.

Assinam:

Márcio Tavares
Secretário Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores

Adnilson da Silva (Dj Taba)
Secretário de Cultura do PT/MT

Bebé de Natércio
Secretário de Cultura do PT/PB

Berenice Simão
Secretária de Cultura do PT/RO

Cícero Belém
Secretário de Cultura do PT/TO

Darlúcia Sá
Secretária de Cultura PT/MA

Erika Carvalho
Secretária de Cultura do PT/CE

Fernanda Camargo
Secretária de Cultura do PT/RJ

Franco Aiezza
Secretário de Cultura do PT/AP

Leonardo Fialho
Secretário de Cultura do PT/PI

Lila Silva
Secretária de Cultura do PT/BA

Maria José (Zezé)
Secretária de Cultura do PT/AL

Rodrigo Bico
Secretário de Cultura do PT/RN

Sid Farney
Secretário de Cultura do PT/AC

Telma Saraiva
Secretária de Cultura do PT/PA

Teresa Huang
Secretária de Cultura do PT/PE

Tião Soares
Secretário de Cultura do PT/SP

Vitor Ortiz
Secretário de Cultura do PT/RS

 

Da Secretaria Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores

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