Papa Francisco está preocupado com os ‘golpes brancos’ na AL

Após visita ao Vaticano, jurista Carol Proner e a mãe de Marielle Franco contaram detalhes da conversa com o pontífice. “Ele aponta caminhos para a sociedade”

EBC

Papa Francisco

O Papa Francisco está preocupado com a escalada de ‘golpes brancos’ na América Latina. A questão foi assunto entre o pontífice, Marinete Silva, mãe de Marielle Franco, e a advogada Carol Proner. Ambas estiveram no Vaticano há uma semana passada para conversar com o Papa sobre violações de direitos humanos no país.

Elas contaram detalhes da visita em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (9), na sede da OAB-RJ. De acordo com a jurista, foi entregue ao pontífice um relatório com as principais dados envolvendo questão jurídica, violência contra líderes e intolerância religiosa no Brasil. Ao site da revista Carta Capital, ela revelou ainda que o pontífice criticou a criminalização da política e as ações da mídia nesses processos, afirmando que isso é comum na maioria dos países do continente.

Considerado o mais progressista dos líderes do Vaticano, Francisco tem recebido grupos engajados social e politicamente em diversos países latino americanos. Ao longo do encontro, o papa elogiou a presidenta eleita Dilma e se disse preocupado com as questões envolvendo justiça e democracia. “As duas pautas principais foram exatamente essas: Lula e conhecer a história da Marielle”, disse Marinete Silva.

“Não é à toa que ele vem falando de ‘golpes brancos’. Ele não pode interferir na soberania de outro estado, mas ele é um líder religioso e político, ele está apontando para que a sociedade se organize e possa eventualmente combater qualquer mal”, completou Carol Proner.

Violência política

Questionada pela imprensa estrangeira, Marinete disse ver paralelos entre o crime brutal contra sua filha e o processo que culminou na derrubada de um governo eleito e na prisão do líder absoluto das pesquisas. “Tem muito a ver uma coisa com a outra. São processos diferentes, mas é uma dor para o PT, para toda a esquerda no Brasil, a prisão do Lula. É claro que são dores diferentes, mas o objetivo é o mesmo: ter uma justiça digna tanto em relação à morte da minha filha quanto ao processo do Lula.”

Da Redação Agência PT de Notícias com Carta Capital

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