Papel da juventude é defender as conquistas e lutar contra o retrocesso

Durante debate de conjuntura no 2º dia do ConJPT, jovens petistas reafirmam o compromisso da juventude do partido em defender o governo Dilma Rousseff e os avanços das gestões do PT

O debate de conjuntura tomou conta da manhã do sábado (21) no 3º Congresso Nacional da Juventude do PT (3º ConJPT) com a mesa “Os desafios do novo Brasil: um passo à frente com o projeto democrático e popular”.

As discussões foram conduzidas pelo sociólogo Emir Sader, o jornalista e editor do portal “Brasil 247”, Paulo Moreira Leite, a jovem sem-terra Mariana Mota e a representante da Marcha Mundial das Mulheres, Lili Oliveira.

Paulo Moreira Leite destacou que no período histórico desde 2003, o salto de geração de emprego sempre foi positivo.

“Se pegar o período anterior, dos governos de Fernando Henrique Cardoso, foram cortados postos de trabalho, teve eliminação de empregos formais no Brasil”, recordou.

Moreira Leite fez questão de comparar a taxa de desemprego atual no Brasil com a de países da Europa. “O Brasil tem uma taxa de desemprego menor que França e Itália, por exemplo. Mas a imprensa quer dar a impressão que no nosso país tudo é um fracasso”, ressaltou.

“Não é só Dilma que esta sob ameaça. São as conquistas dos últimos anos. Por isso, estamos em um momento de resistência. Nosso combate agora é contra o retrocesso”, destacou.

O sociólogo Emir Sader falou que os movimentos populares precisam fazer uma profunda autocrítica por não conseguirem disputar as ideias na sociedade.

“O que fizemos para dar consciência a massa para não votar na direita¿ Temos hoje o pior Congresso que conhecemos desde a volta da democracia e retrocessos como a maioridade penal, as questões dos direitos das mulheres, tudo isso é questão do conservadorismo do Congresso, que a gente não tem conseguido discutir na sociedade e a gente não conseguiu fazer os nossos deputados para mudar esse quadro”, avaliou.

Segundo ele, os ataques da direita ao Partido dos Trabalhadores, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidenta Dilma Rousseff são também um ataque e uma derrota dos movimentos sociais e de toda a esquerda.

Sader ainda falou que considera o ajuste fiscal feito pelo governo federal como socialmente injusto.

Representando o coletivo nacional de juventude do MST, Mariana Mota afirmou que para voltar a ter o apoio popular, o governo deve voltar às pautas populares e estar ao lado dos trabalhadores. “Espero que o lado escolhido pelo governo seja o lado popular, social”, completou.

Para ela, a juventude deve se solidarizar com qualquer tipo de injustiça em qualquer parte do mundo e destacou um dos lemas do 3º ConJPT: Uma geração valente para continuar transformando o Brasil.

“Tenho certeza que é essa o papel da juventude, seguir em frente com as lutas que a gente já conquistou sem permitir retrocessos. Fico feliz em ver a juventude do PT se posicionando sempre ao lado da esquerda, dos trabalhadores”, disse.

Segundo ela, o PT e a esquerda tem gastado muita energia para se defender, “e pouca energia nos resta pra seguir em frente”.

“É preciso seguir em frente, multiplicar essa energia. E o papel da juventude é mexer nas estruturas e não fazer apenas políticas sociais, mas elevar a consciência do nosso povo. A JPT deve ir cada vez mais às ruas”.

Mota finalizou afirmando que a criminalização do PT pela direita e pela imprensa é também a criminalização dos movimentos sociais.

Pela Marcha Mundial das Mulheres, Lili Oliveira destacou a necessidade de se colocar o feminismo como orientação em todas as ações dos movimentos sociais e partidos de esquerda.

“Nós seguimos em marcha até que todas sejam livres para fazer a transformação real”.

E afirmou ser necessário construir outras narrativas para não depender da construção de mundo feito pelos mios de comunicação.

“Precisamos construir novas narrativas, outras perspectivas sobre o que é comunicação e como fazer comunicação. A potência da juventude está muito ligada a nossa potência de criar o novo, o diferente. Precisamos fortalecer as narrativas da nossa existência”, finalizou.

Com a transmissão ao vivo pela internet, além dos jovens presentes ao debate, cerca de 3 mil pessoas puderam acompanhar as discussões em tempo real pelos sites do PT de São Paulo e da Fundação Perseu Abramo.

À tarde, foi a vez de debater os principais temas da juventude do PT e do Brasil nos 12 grupos de discussão. Neste domingo (22), os delegados do 3º ConJPT participam da plenária final, que elegerá a nova gestão da Secretaria Nacional de Juventude do PT, além das resoluções da JPT para os próximos dois anos.

Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias

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