Para FHC, Doria se dedica ao marketing, mas não mudou São Paulo

O ex-presidente criticou seu colega tucano por focar no “celular”, mas não trabalhar pela mudança real na vida das pessoas

Cesar Ogata / SECOM

FHC critica marketing de João Doria

A gestão do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), tem sido alvo de duras críticas por diversas pessoas, inclusive companheiros de partido do tucano, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra.

Em evento em São Paulo, na última sexta-feira (23), FHC afirmou que Doria atua apenas no celular, mas, na prática, não fez nenhuma diferença na realidade dos paulistanos. Ou seja, para o ex-presidente, o prefeito investe em marketing pessoal e não resolve os reais problemas da cidade.

“Isso aqui está no meu bolso (celular), não está na minha alma. O mundo hoje tem isso aqui na alma. Pega qualquer um. Por que o prefeito de São Paulo está fazendo algum sucesso? Ele (se dedica) para isso o dia inteiro. Ele fez, mudou alguma coisa? Não vi. Mas aqui ele sabe”, disse ele.

Desde que assumiu, o prefeito tem promovido um verdadeiro desmonte das políticas públicas implantadas por Fernando Haddad (PT). Doria acabou com programas como o Leve Leite e também encerrou o programa “De Braços Abertos“, que oferecia alternativas reais para pessoas que viviam na cracolândia, em São Paulo.

Além disso, o tucano foi responsável pelo aumento de 51% dos acidentes nas marginas Tietê e Pinheiros, com o aumento da velocidade nestas vias e promoveu uma Virada Cultural esvaziada.

Segundo a coluna Radar, da Veja, o senador tucano José Serra (PSDB) chamou Doria de “blefe”.

Fora, Temer

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, além de ter feito críticas ao companheiro de partido, fez um apelo para o presidente golpista Michel Temer (PMDB) deixar o cargo. Em artigo publicado no jornal “Folha de S. Paulo”, nesta segunda-feira (26), o tucano faz um “apelo ao bom senso”.

“Bloqueados os meios constitucionais para a mudança de governo e aumentando a descrença popular, só o presidente tem legitimidade para reduzir o próprio mandato, propondo, por si ou por seus líderes, uma proposta de emenda à Constituição que abra espaço para as modificações em causa”, diz o texto.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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