Para Freitas, golpe é primeiro passo para retirar direitos trabalhistas

Presidente da CUT destaca que impeachment é parte de uma agenda de ataques às políticas de desenvolvimento com distribuição de renda e, por isso, convoca todos os trabalhadores a irem às ruas no dia 16 para defender a democracia e as conquistas dos últimos 13 anos

Milhares de pessoas se reúnem em ato a favor da democracia em SP

Os interessados no impeachment são os mesmos que criticam a política de valorização do salário mínimo, defendem a terceirização sem limites e repudiam as políticas de igualdade de gênero e raça.

É o que afirma o presidente da Central Única dos Trabalhadores, (CUT), Vagner Freitas. Em entrevista ao “Portal da CUT” publicada nesta sexta-feira (11), o líder sindical defende que o golpe é apenas o primeiro passo de uma agenda conservadora de retrocessos que, após o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, trará para o alvo os trabalhadores e os movimentos sindical e sociais.

Por isso, na opinião de Freitas, é fundamental que a classe trabalhadora participe das manifestações convocadas para o dia 16 de dezembro em todo o País, em defensa dos seus direitos.

Para o presidente da CUT, o Brasil vive “definitivamente um ameaça à democracia orquestrada por aqueles que perderam as últimas eleições e querem ganhar no tapetão”.

“O impeachment é péssimo para a democracia e, principalmente, para o trabalho. Os mesmos que querem dar o golpe são os que propõem a terceirização sem limites, que querem acabar com a política de valorização do salário mínimo, com a carteira assinada, com as férias, com a licença-maternidade”, completou.

“É isso que significa para o trabalhador derrubar o governo Dilma. No dia seguinte, essa agenda dos conservadores será emplacada, sairá vitoriosa”, garantiu.

Dia 16 – Segundo Freitas, o momento é de unificação entre os movimentos.

“A grande manifestação que teremos no dia 16 de dezembro contra o golpe, pelo fora Cunha e pelo fim do ajuste fiscal unificará todas as entidades sindicais e sociais como CUT, UNE, MST, MTST, CMP”, frizou.

O sindicalista fez questão de destacar que não há denúncias de corrupção comprovadas contra a Dilma. Para ele, o ato do dia 16 será daqueles “que defendem um Brasil com desenvolvimento e dizem não ao retrocesso e ao golpe”.

“Os sindicatos têm que colocar a luta contra o golpe como centro de sua atuação política daqui até o desfecho do processo. Colocar nos seus jornais, sites, porque fazer sindicalismo, defender direitos dos trabalhadores é ser contra o golpe. Não adianta discutir só pauta de emprego e salário, porque se não tivermos a presidenta Dilma daqui a 20, 30 dias, a pauta dos sindicatos não vai andar. Tem que ter essa posição política efetiva de defender os trabalhadores para que não haja o golpe”, defende Vagner.

Na sua opinião, os sindicatos precisam cumprir o importante papel de explicar ao trabalhador o que significa o impeachment da presidenta Dilma.

“Ir para a porta da fábrica, da escola, do banco, para a roça, para a loja, supermercado, para as ruas explicar ao trabalhador o que é o impeachment. Dizer para quem está preocupado com seu emprego e que foi beneficiado pelo PPE, que vai até julho: se não houver renovação, teremos perda de emprego. O trabalhador tem que ser contra o golpe para defender suas conquistas dos últimos 13 anos. O impeachment é um subterfúgio que a direita organizou para implementar sua prática de tirar direitos dos trabalhadores, diminuir custos e aumentar os lucros”, enfatizou.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do “Portal da CUT”

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