Para Molon, há um desespero para inviabilizar a volta de Lula em 2018

Em entrevista ao jornal Correio Braziliense, deputado fala sobre a tentativa de golpe contra a presidenta Dilma, das pautas para o segundo semestre legislativo e sobre o PT

O deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ) comentou, em entrevista o jornal Correio Braziliense, publicada neste domingo (2), os avanços implementados nas gestões de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, as principais pautas do segundo semestre legislativo e a tentativa de golpe contra a presidenta.

Para Molon, haverá um acirramento de relações entre Executivo e Legislativo, promovida por parlamentares que não aceitam a derrota da oposição nas ruas e tendem a criar obstáculos para a presidenta Dilma Rousseff.

“Querem passar uma mensagem de que o caos só acabará quando um novo governo assumir. Essa é um das facetas do golpismo, clandestina, disfarçada. Adotar esse tipo de comportamento é ruim para o País”, denunciou.

“Não acredito que a maioria da Casa vá concordar com um golpe. Tenho certeza de que setores da oposição terão a responsabilidade de não embarcar em algo que soa mais a vingança do que à seriedade com que esse assunto deve ser tratado”, analisou.

O deputado lembrou que a presidenta não cometeu crimes de responsabilidade e que um dos grandes avanços promovido pelas gestões petistas foi “garantir absoluta autonomia para quem quer investigar, quem quer que seja”.

De acordo com ele, há uma tentativa da oposição de inviabilizar a candidatura de Lula em 2018, que ele avaliou como a maior liderança nacional. “Há quase um desespero em se inviabilizar essa volta, que chega a criar um ambiente de ódio, que leva à bomba jogada no Instituto Lula — uma violência inaceitável”, criticou.

“As oposições precisam entender que o país não suporta quatro anos de disputa eleitoral. Gostem os partidos de oposição ou não, as eleições se encerraram em 2014. É preciso respeitar o resultado das urnas”, afirmou.

Sobre a crise econômica, Molon afirmou que a raiz do problema é político. “Quer dizer que não há problemas econômicos? Claro que há, mas, no meu entendimento, a raiz está na política. Interessa a alguns que a crise não passe, para manter a crise aquecida e o governo fraco, dependente”, disse.

Ele defendeu ainda a maior aproximação do Partido dos Trabalhadores com sua base. “O PT tem que se reencontrar com sua história, reconhecer erros e dizer o que está fazendo para que não se repitam. A militância do PT pede isso”.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Correio Braziliense

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