Para petistas, intervenção no Rio é autoritária e eleitoreira

Parlamentares do PT utilizaram as suas redes sociais para criticar a intervenção aprovada na noite de segunda (19)

Mario Tama/Getty Images

Intervenção no Rio é autoritária e eleitoreira

A intervenção federal no Rio de Janeiro, na avaliação do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), é mais uma violência que o presidente ilegítimo Michel Temer impõe ao País. “É um ato improvisado, autoritário e eleitoreiro”, afirma o parlamentar. Ele explica que a intervenção é improvisada porque estava em curso no Rio de Janeiro a construção de um plano estadual de segurança pública. “E evidentemente toda ação de proteção dos cariocas deveria partir desse plano estadual de segurança pública”, acrescentou.

Em segundo lugar, continuou Paulo Teixeira, a intervenção é autoritária porque desde a Constituição de 1988, nunca se fez uma intervenção em qualquer estado do Brasil. “Vai estigmatizar o Rio de Janeiro, será muito ruim para o Exército brasileiro e para a população”, prevê.

E é um ato eleitoreiro, segundo o parlamentar, porque o correto agora deveria ser o lançamento do Plano Nacional de Segurança Pública, com articulação do Sistema de Justiça, polícia e prevenção. “É preciso reformar as polícias, o Sistema de Justiça criminal e que interviesse no Sistema Penitenciário. O que está sendo feito é desespero eleitoral. Temer, depois do desgaste no carnaval, coloca esse tema para mudar a agenda e tentar se fortalecer para ser o organizador da candidatura do polo conservador. Nós votamos não a essa intervenção e vamos fiscalizar o processo no Rio e denunciar a escalada autoritária do governo Temer”, afirma Paulo Teixeira.

A deputada Ana Perugini (PT-SP) também considerou arbitrário o decreto que determina a intervenção federal no Rio de Janeiro. “Nós precisamos estudar com muito carinho esse decreto, porque nós estamos tratando da vida das pessoas. O processo de redemocratização no nosso País nos custou muito caro para que medidas arbitrárias sejam tomadas açodadamente”, alertou.

Para a deputada, a intenção do governo Temer não é combater o crime no Rio. “Se fosse para resolver o problema da segurança, nós teríamos um estado de cooperação. Teríamos o Exército cumprindo sua função, que é guardar as nossas fronteiras para impedir o tráfico de armamentos, inclusive na cidade do Rio de Janeiro”, avaliou Ana Perugini.

No Twitter vários deputados do PT utilizaram as suas redes sociais para criticar a intervenção aprovada na noite de ontem (19), pelo plenário da Câmara, com o voto contrário da Bancada do PT. O deputado Zé Carlos (PT-MA) escreveu em sua conta no twitter que “a Câmara aprovou mais uma vez uma artimanha do governo ilegítimo, uma medida que é maldosa para a população”. E acrescentou: “O PT votou contra essa manobra! Intervenção é para justificar a derrota da Reforma da Previdência.”

A deputada Margarida Salomão (PT-MG) também enfatizou, em sua conta no twitter, que “mais uma vez o plenário da Câmara aprovou uma medida que é eleitoreira e maléfica para o povo”, e lembrou que a intervenção “é uma farsa.”

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), uma das parlamentares que encaminhou pelo PT a votação contra a intervenção, escreveu no seu twitter que o “decreto é uma farsa e coloca as Forças Armadas apequenada diante do seu relevante papel na defesa do País.”

E o deputado Helder Salomão (PT-ES) reforçou que a intervenção é uma medida eleitoreira do governo golpista. “‏Alguém acredita que o Temer está preocupado com a violência no RJ? É Mais um golpe para enganar o povo!”

Também em sua conta no twitter, o deputado Adelmo Leão (PT-MG) destacou que a violência é pior em Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pará, Amapá, Pernambuco, Bahia, Goiás e Ceará. “Então porque uma intervenção no Rio de Janeiro? Será que estão intervindo numa das cidades mais famosas do mundo para desviar o olhar do cidadão para a Reforma da Previdência?”, questionou.

Por PT na Câmara

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