Para senadoras, eleição de Gleisi é um marco na luta de gênero

Fátima Bezerra e Regina Sousa falam sobre combate ao machismo e sobre importância do 6º Congresso do PT neste momento do país

PT no Senado
6º Congresso Nacional do PT

Senadoras Fátima Bezerra, Gleisi Hoffmann e Regina Sousa

Para as senadoras Regina Sousa (PT-PI) e Fátima Bezerra (PT-RN), a eleição da primeira mulher presidenta do PT foi marcante. No último sábado (3), a senadora Gleisi Hofffmann (PT-PR) foi eleita presidenta nacional do PT  com 367 votos (62%).

As senadoras destacaram que a escolha de uma mulher representa um passo importante da luta por direitos e igualdade e uma sinalização para o aumento da participação das mulheres na política.

“Vai dar um tom diferente à discussão de gênero”, afirmou Regina. “Considero um passo importante para incentivar a luta pelo empoderamento das mulheres e para incentivar a participação das mulheres na política”, disse Fátima.

Regina Sousa avalia que, com a eleição de Gleisi, as companheiras vão ter um apoio muito importante. “O partido está em boas mãos com a eleição da senadora Gleisi. É um salto de qualidade, de elaboração e experiência muito boa”, disse ela.

A senadora Fátima também aponta que Gleisi foi uma das senadoras mais combativas contra o golpe e em defesa da democracia.

“Traz muito pela sensibilidade com a agenda de promoção e defesa dos direitos das mulheres. Combater ao machismo, e ampliar a participação da militância em geral”, diz.

“Essa coisa do machismo ainda é muito violenta, inclusive no interior do PT”, complementa. Ambas as parlamentares ponderam, porém, que a eleição de uma mulher poderia ter ocorrido antes.  “Demorou, mas veio”, disse Fátima, que lembra que a sociedade é muito machista, e que o ambiente político ainda é majoritariamente masculino – é só olhar a composição do Congresso Nacional. Regina também avalia que a decisão foi tardia.

 

6º Congresso Nacional do PT

Para Sousa, o 6º Congresso Nacional do PT permitiu o debate político. “Foi um congresso emocionante, como os que ocorriam no PT há 20 anos. Animado, festivo, alegre”, diz. Já para Bezerra, foi uma grande façanha, em meio toda a perseguição jurídica e midiática, que o PT tenha realizado um congresso dessa envergadura.

“Uma façanha que o PT conseguiu realizar esse congresso tão significativo em meio ao período que o PT atravessa”, diz.

Para ela, o PT precisa se reconectar com a sua militância. A militância quer ter espaço para debater e ser ouvida. Ele quer dar a sua contribuição.

“Temos que reconhecer a contribuição do Muda PT em pedir esse congresso. Ficou claro como o congresso fez bem ao PT. O PT saiu unido”, disse.

As duas senadoras destacaram o “não” ao colégio eleitoral e às eleições indiretas como a pauta mais importante aprovada no 6º Congresso.

“Foi um congresso muito unitário, onde se construiu unidade. Foi muito boa essa construção, discussão muito saudável, resoluções importantes como não ter colégio eleitoral. Eleição indireta não combina com democracia”, afirmou a senadora Regina Sousa.

“O PT sai desse congresso com tarefas e desafios, com foco e centralidade na luta em defesa da democracia, dizendo não ao colégio eleitoral”, destacou Bezerra. Para ela, o partido está mais conectado com os movimentos sociais e com a radicalização da democracia.

Da Redação da Agência de Notícias

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