PCdoB diz não ao golpe: Quem legitima o poder é o voto popular

Líder do PCdoB na Câmara confirma voto da bancada a favor da democracia e reforça: impeachment sem crime é golpe

O líder da bancada do PCdoB (Partido Comunista do Brasil) na Câmara, Daniel Almeida (BA), lamentou neste domingo (17) que deputados e deputadas estejam discutindo o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, “sobre quem não pesa nenhuma denúncia, nenhum ato ilícito”.

“Estamos diante de uma situação surreal. Dilma tem seu mandato ameaçado por uma conspirata de corruptos, liderada por Eduardo Cunha, que não é digno da cadeira que ocupa nesta casa”, afirmou.

Almeida reforçou que a tentativa de derrubar o governo é antidemocrática, e a maior prova é que, nos debates sobre o impeachment, já não se fala mais nas “pedaladas fiscais”, argumento utilizado pelos defensores do golpe. “Ninguém fala mais do relatório porque sabem que não há fato, não há crime perante da constituição cidadã, elaborada neste plenário. Não é possível admitir o processo de impeachment contra a presidenta que recebeu 54 milhões de votos”, denunciou.

(Foto: Ananda Borges/Câmara dos Deputados)

(Foto: Ananda Borges/Câmara dos Deputados)

“Querem transformar a Câmara em um Colégio Eleitoral: não é um Colégio Eleitoral. Não estamos no Parlamentarismo. Quem legimita o poder é voto popular. Querem usurpar o voto popular”.

O deputado disse também que a população não quer um governo presidido por Michel Temer e questionou ainda qual seria a legitimidade de um governo que nasce manchado pela agenda do golpe. “É a agenda do retrocesso, do pacto para impedir que corruptos que estão aqui possam ser punidos”.

Ele criticou a oposição quem cita crise econômica e política para justificar sua posição favorável ao golpe e afirmou que o impeachment não vai trazer solução. “Seria um governo com mais intranquilidade, um governo de exceção, que não tem interlocução com movimento social, não tem base política. O PMDB não consegue unificar seu próprio partido. Este caminho é o caminho do aprofundamento da crise política e econômica em nosso país”.

O deputado embrou também que não se pode acreditar em quem defende a saída de Dilma da Presidência para combater a corrupção porque Cunha e Temer já articulam um entendimento para que não sejam investigados na operação Lava Jato.

“Quero me dirigir a todos que estão na rua e desejam efetivamente defender o Estado de direito: o golpe não passará e a luta vai continuar”, concluiu.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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