Petistas comemoram decisão do STF sobre rito de impeachment

Pelas redes sociais, parlamentares comentaram a decisão do Supremo de anular o processo de impeachment contra a presidenta Dilma, iniciado na Câmara dos Deputados semana passada

Parlamentares petistas usaram as redes sociais na noite desta quinta-feira (17) para comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a anulação do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, iniciado na Câmara dos Deputados semana passada.

Pelo Facebook, o deputado pelo PT do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, explicou a decisão do Supremo.

“O STF derrubou na tarde de hoje o golpe do impeachment inventado pelo presidente da câmara Eduardo Cunha, e determinou que a eleição da comissão do impeachment, feita por votação secreta e autorizando uma chapa alternativa, seja refeita. A maioria dos ministros também votou favoravelmente a que o Senado tenha o poder de arquivar uma eventual abertura do processo de impeachment pela Câmara”, publicou.

Na opinião do deputado Wadih Damous (PT-RJ), foi uma “vitória acachapante”.

“Hoje a democracia foi reafirmada aqui no Supremo Tribunal Federal, o estado de direito foi consolidado. O impeachment tem que está cercado das garantias do devido processo legal. O que o Supremo Tribunal Federal declarou em alto e bom som é que o impeachment não pode ser um golpe disfarçado. O impeachment é cercado das garantias de ampla defesa, do princípio do contraditório”, afirmou.

Para Damous, “se houver votação para o impeachment, ela se dará dentro de regras claras, rígidas e garantistas”.

“Então para os golpistas ficou o recado: o trabalho de vocês não vai ser fácil. Eu não quero golpe e não vai ter golpe”, finalizou.

Outro petista a comemorar a decisão do Supremo foi o deputado Paulo Teixeira (SP), para quem a disputa eleitoral de 2014 parece estar chegando ao fim.

“Essa semana não foi boa para os inconformados com os resultados de 2014. O Supremo Tribunal Federal acaba de garantir o rito democrático. Eleições abertas, indicação dos membros pelos partidos e admissibilidade do Senado”, comentou.

Teixeira lembrou que a semana não foi favorável ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Ao mesmo tempo, um dos líderes do impeachment, Eduardo Cunha, teve um vida infernal. O Ministério Público mostrou que ele tem inúmeras contas no exterior regadas com recursos da Petrobras”, destacou.

Com isso, segundo Paulo Teixeira, “a proposta do impeachment fica mais clara a medida que se vê que Cunha quer mesmo um governo de impunidade. Por isso que ele quer tirar esse governo da frente”.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), comemorou o “julgamento técnico” feito pelo STF, o que considerou uma “vitória da Constituição” e “daqueles que estão na luta contra o golpe”.

“Eu quero parabenizar, principalmente, as pessoas que foram para as ruas na quarta. Nós fizemos grandes passeatas em todo o País, muito maiores do que aquelas que a direita fez no domingo passado. Se a gente continuar assim, vamos vencer esse golpe e a democracia brasileira saíra fortalecida”, finalizou Lindbergh.

A deputada pelo PCdoB do Rio de Janeiro, Jandira Feghali, também usou as redes sociais para comemorar a anulação do processo de impeachment feito pela Câmara contra a presidenta Dilma.

“O rito golpista naufragou. Quero dividir com vocês a minha felicidade e emoção de ter visto o Supremo Tribunal Federal preservar a Constituição Brasileira, a lei brasileira e mostrar que alguém, por mais que imagine ter poder, como o presidente da Câmara, ele não pode tudo. Não vale tudo. O regimento não é comando para um processo de impeachment, e sim a Constituição e a lei no Brasil”, escreveu.

Jandira frisou que as decisões do STF nesta quinta (17) são “vitórias importantes” que respondem ao que foi pedido na ação assinada pelo PCdoB, seu partido, ao Supremo Tribunal.

“Não nadaremos agora em águas turvas, e sim em águas claras, sabendo quais são as regras do jogo”, destacou.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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