PF encontra novas provas para incriminar Anastasia

Na última semana, o procurador da república, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento do caso por falta de evidências

A Polícia Federal enviou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, documentos que supostamente trazem novos elementos que incriminam o senador e ex-governador de Minas Antonio Anastasia (PSDB). Investigado pela Operação Lava Jato, o tucano viu, na última semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedir o arquivamento das apurações contra ele. O pedido ainda está sendo analisado.

Corre contra Anastasia a suspeita de recebimento de propina no valor de R$ 1 milhão. A PF pede então o não-arquivamento do inquérito e a continuidade das investigações sobre o senador.

O material enviado pela PF partiu de uma denúncia feita por uma ex-funcionária do governo tucano, em que descreve uma residência na qual um dos mensageiros do doleiro Alberto Youssef teria feito um pagamento em dinheiro a um político. A suspeita é que se trate do ex-governador mineiro.

A denúncia relaciona o endereço descrito pelo ex-policial federal e operador do doleiro Youssef,  Jayme Alves de Oliveira, para entregar o dinheiro a uma pessoa “parecida” com o Anastasia.

Com base no relato, a investigação identificou que, naquele ano, o imóvel era ocupado por um servidor público, falecido em 2013, que trabalhou na Assembleia de Minas e no gabinete de um deputado da base de Anastasia. A PF também descobriu que os antigos donos do mesmo imóvel eram integrantes do grupo de sustentação política do senador.

Segundo reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, a denunciante trabalhou na secretaria de Planejamento do governo de Minas Gerais, ainda na gestão tucana, encerada em 2014.

O ministro Zavascki, após a chegada de novos documentos enviados pela PF ao Supremo, deu vista ao caso novamente ao Ministério Público.

Mesmo depois do pedido de Janot, o caso ainda não foi arquivado porque é necessário que Zavascki faça um despacho. Janot argumenta que as declarações do operador de Youssef não foram confirmadas, porém afirma que, se no futuro surgirem novos dados, isso permita que as apurações sejam retomadas.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “Folha de S. Paulo”

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