Pimentel: “Juntos, vamos devolver Minas aos mineiros”

Ato político em Minas Gerais oficializa Fernando Pimentel como candidato do PT ao governo do estado

Pimentel - convenção

Candidato do PT ao governo de Minas, Pimentel quer resgatar o orgulho de ser mineiro

No plenário lotado da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Fernando Pimentel foi oficializado candidato do Partido dos Trabalhadores, coligado a outros partidos (PMDB/PCdoB/PRB/PROS ), ao governo do estado. Ao discursar, Pimentel fez uma promessa: ao final vitorioso de sua campanha, em outubro, devolver Minas aos mineiros.

“Eu só tive um partido político na minha vida desde que voltou a democracia”, disse Pimentel. “Mas hoje eu quero dizer aqui que agora não serei mais militante do PT. Agora, sou militante do PMDB, do PcdoB, do PRB, do PROS, do povo de Minas Gerais! Porque nós, juntos, vamos devolver Minas Gerais para os mineiros”, falou.

“Ao final, em outubro, nós vamos poder dizer, como no nome da nossa coligação: ‘Minas é para você’”, anunciou o candidato, enquanto os militantes cantavam palavras de ordem.

No início do discurso, Pimentel pediu licença para compartilhar com a plateia alguns sentimentos. “O primeiro é o de alegria por estar aqui”, disse ele. “Nunca houve união tão forte entre os partidos da Frente Popular”, observou. “Essa união não é em torno de uma pessoa, mas de uma ideia muito forte: nós precisamos resgatar Minas para os mineiros”.

Exemplo dessa união inédita foi o percentual de apoio dos delegados do PMDB à coligação em torno de Pimentel: 93%. Segundo ele, Minas ficou, nos últimos 12 anos, à margem dos avanços obtidos pelos governos Lula e Dilma.

Pimentel comentou que, ao chegar, foi abordado por um repórter que queria saber o que ele, como ex-ministro do Desenvolvimento, tinha a dizer sobre o baixo crescimento do estado. “Minas não tem um projeto de desenvolvimento econômico e social, enquanto o Brasil tem um modelo baseado na distribuição de renda, na expansão do consumo, que nos tornou a sexta economia do mundo”, explicou. E seguida, questionou: “Minas tem o quê? Minério de ferro e café. É uma economia no século 19. Que choque de gestão é esse que, 12 anos depois, nada tem a mostrar aos mineiros e às mineiras”?

Como exemplo das mazelas ocorridas na segurança pública em Minas, Pimentel propôs um teste simples. Pediu a quem na plateia já tivesse tido um amigo ou parente próximo vítima de violência urbana que levantasse a mão. Todos os presentes, sem exceção, levantaram. “Todo mundo tem! É o resultado de termos uma polícia mal remunerada, mal treinado, mal dirigida”, avaliou. Uma polícia que, lembrou Pimentel, acabou humilhada por um “bando de arruaceiros” em manifestação no início da Copa do Mundo.

Pimentel lembrou que é bem diferente a realidade de Minas comparada com a propaganda do governo local. “Melhor educação do Brasil? Perguntem para os professores em greve, a segunda ou terceira que fazem porque são mal remunerados”, criticou. Pimentel lembrou o caso da Lei 100, considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, que agora coloca em risco o emprego de milhares de servidores públicos. “A vida dos servidores colocada em risco de forma irresponsável”, comentou.

Da mesma forma, criticou o sucateamento da saúde, porque o estado não dá sua contrapartida aos investimentos federais. “Ai dos mineiros se não fosse o Mais Médicos, programa do governo federal”, disse Fernando Pimentel.

O agora candidato da Coligação Minas Pra Você mencionou as caravanas capitaneadas por ele pelas cidades mineiras, desde março passado. “Estamos percorrendo o estado com humildade, com singeleza. Fazendo o que o lado de lá não faz: ouvir para governar, ouvir o povo. Construir um projeto de governo longe dos gabinetes. Longe das salas do Rio de Janeiro onde eles às vezes se reúnem. Construído nas cidades. Nas estradas”, defendeu.

Além do sentimento de alegria, o segundo sentimento que Pimentel propôs compartilhar foi o de compromisso. “Compromisso com a transformação desse nosso estado”, disse. Por conta desse compromisso, segundo ele, Toninho Andrade abriu mão de disputar um quinto mandato de deputado federal para ser seu candidato a vice-governador. Também por conta desse compromisso, Josué Alencar, filho do falecido ex-vice-presidente José Alencar, abriu mão de permanecer no comando bem sucedido das empresas que herdou do pai.

O terceiro sentimento é o sentimento de esperança. Esperança, segundo Pimentel, que irá vencer aqueles que se julgam os donos de Minas. “Nós vamos vencer os que dizem, de maneira arrogante, que são os donos dos votos de Minas. Moram fora daqui, na beira do mar. Devem preferir lá do que aqui. Mandam vir um candidato de Goiás, que nem mora aqui, e dizem que ele é o projeto de Minas”, atacou Pimentel.

“A esperança que vencerá o ressentimento de uma elite. O ódio das agressões à presidenta Dilma no jogo lá no Itaquerão”, lembrou o candidato petista. “Uma elite que já admite que se chegar lá – não chegarão – vai tomar medidas impopulares para beneficiar a economia dos banqueiros. Roubá-la da mão do povo, que é por quem trabalhamos”, acusou.

 

Da Redação da Agência PT de Notícias, com PT-MG

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