Por falta de acordo, professores de SP e PR seguem em greve

Por falta de acordo com os governos locais, os servidores das redes estaduais de ensino marcaram novos atos para sexta-feira (22)

Os professores dos estados de São Paulo e do Paraná continuam em greves. Por falta de acordo com os governos locais, os servidores das redes estaduais de ensino marcaram novos atos para esta sexta-feira (22).

Reunidos na capital paulista, após completarem mais de 60 dias em greve, cerca de 45 mil professores rejeitaram as propostas apresentadas pelo secretário da Educação, Herman Voorwald, na última quarta-feira (13).

Em Curitiba, após a primeira reunião com os professores depois que os massacrou, na terça-feira (12), o governo não apresentou proposta alguma sobre a pauta dos professores.

Segundo a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), professora Maria Izabel Noronha, o fato de o governo fazer uma proposta, reflete a resistência da mobilização dos profissionais da educação. Mas a greve vai continuar devido o fato de o governo não ter apresentado o índice de reajuste salarial e não atendido as demais pautas.

A secretaria apresentou cinco propostas, entre as mais de 20 pleiteadas pela categoria. Duas dependem de projetos a serem enviados ao governador, em até 30 dias; uma outra de uma parceria entre governo e Apeoesp, a terceira será implantada em 2016 e a última arrasta a data base para 1º julho, quando o sindicato alega que é em março.

Paraná – O governador Beto Richa (PSDB) se mostra irredutível de sua decisão de não conversar com os professores. O Fórum das Entidades Sindicais (FES) reuniu-se com o governo na terça-feira para exigir dele o pagamento da data-base e o cumprimento da lei. O governo não considerou essa e nem as outras 10 reivindicações da categoria e a reunião terminou sem avanço algum.

A agência de notícias estadual publicou, na quinta-feira (14), uma nota pela qual o governo anuncia o encerramento das negociações e o encaminhamento à Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) de um reajuste de 5% a ser pago em duas vezes e sem data prevista para o pagamento.

Em nota, a APP-Sindicato comparou a atitude do governador como a de ditadores que aparecem de tempos em tempos, em todos os cantos do mundo. O sindicato acusa Beto Richa de assediar os servidores em greve, com sua nota, exigindo deles a imediata volta ao trabalho, sob pena de prejuízos à carreira e ameaçando processar diretoras e diretores “insubordinados”.

Segundo a nota do sindicato, “o termo da insubordinação até é previsto em códigos militares e não cabe para a sociedade civil, ainda mais em pleno regime democrático como é o Estado brasileiro, a não ser que se trate de um Estado de exceção”.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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