Porto Alegre: Manifestantes vão às ruas em defesa de Dilma Rousseff

Ato pela democracia mobilizou moradores da capital do Rio Grande do Sul; candidato Raul Pont também participou

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Raul Pont discursa em ato contra o golpe contra Dilma Rousseff, em Porto Alegre

Revolta, tristeza e até um pouco de esperança. Sentimentos variados e até contraditórios tomaram conta da manifestação no largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre (RS), onde manifestantes se reuniram contra o golpe que ocorre no Senado Federal. Mais cedo, a presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) discursou no Senado Federal, e explicou porque não cometeu crime de responsabilidade.

O candidato à prefeitura da capital gaúcha Raul Pont (PT) e sua vice, Silvana Conti (PC do B), participaram da manifestação.

“Dilma consegue se agigantar num momento de dificuldade. Se mostrou firme na fala dela. E mostrou porque é um golpe”, afirmou a estudante Tais. Já o manifestante Odair afirmou sentir revolta contra o que está acontecendo. “ O sentimento é de revolta. Velhas raposas julgando uma pessoa honesta. Tu tá num ambiente de trabalho e as pessoas não discutem o que está acontecendo no país”, afirmou o advogado.

Para a manifestante Flávia, o clima é de profunda tristeza com o que está acontecendo.  “A Dilma demonstrou  muita coragem. Ela nos representa”, afirmou  Flávia. “Para nós é uma tristeza tão grande. Já passei noites de insônia. Já me perguntei se o golpe passar se eu devo deixar o pais”.

Para Raul Pont, por trás do golpe estão medidas como a PEC 241, que limita os gastos com saúde e educação. Pont reafirmou que medidas como essa, propostas por golpistas como José Serra (PSDB) e Michel Temer (PMDB) beneficiam uma burguesia improdutiva, que se aproveita das riquezas nacionais.

“Essa cidade vai continuar resistindo. Quero convocar todos vocês para fazer resistência ao golpe”, disse ele. “Porto Alegre vai ser uma resistência ao neoliberalismo como nos anos 1990, onde se implantou uma democracia popular, com o Orçamento Participativo, que o povo poderia dizer onde ia o dinheiro publico”, lembrou.

Para o candidato, a luta está só começando. “Toda a nossa solidariedade a companheira Dilma, companheira guerreira”, afirmou.

A manifestante Anelori afirmou ter esperança de que o golpe ainda seja revertido. “Eu tenho a esperança de reverter esse quadro. Se houver pessoas éticas e que pensem no futuro podem repensar seu voto” disse. Para ela, o discurso da Dilma esclareceu todas as dúvidas. “Se tiver alguém querendo votar a favor do golpe é porque é golpista”, afirmou.

Por Clara Roman, da Agência PT de Notícias

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