Procuradoria eleitoral pede cassação de Pimentel

Governador eleito pelo PT enfrenta o primeiro obstáculo antes de assumir o cargo, em 1º de janeiro de 2015

Eleito governador de Minas Gerais, o petista Fernando Pimentel virou alvo de um pedido de cassação por parte da Procuradoria Regional Eleitoral de Minas Gerais. O autor do pedido é o procurador regional eleitoral Patrick Salgado Martins, para quem Pimentel e o vice eleito, Antonio Andrade, praticaram abuso econômico.

Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, também teve não teve as contas aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais.

Na ação, Salgado afirma que a campanha de Fernando Pimentel e Antônio Andrade foi “ilicitamente impulsionada por inaceitável abuso de poder econômico”, além de ter superado o limite de gastos e adotado “um método dúbio de realização de despesas”. A assessoria de Pimentel disse à Agência PT de Notícias que o futuro governador não vai se manifestar sobre o assunto.

O tribunal apontou algumas irregularidades como graves violações das regras eleitorais. Entre elas estão o gasto extra de R$ 10,1 milhões além do limite, fixado pelas regras eleitorais, de R$ 42 milhões.

A defesa do governador eleito do PT esclareceu ao TRE-MG, no entanto, que a despesa adicional não poderia ser considerada nova por ter origem em transferências feitas pelo próprio Comitê Financeiro Único do PT em Minas Gerais, relativas a doações já declaradas para propaganda de Pimentel.

O governador reeleito pelo PSDB por São Paulo, Geraldo Alckmin, passou por procedimento semelhante na Justiça Eleitoral paulista, inclusive por ter extrapolado o limite de gastos em R$ 9 milhões – valor semelhante ao da campanha de Pimentel. Mas o TRE paulista fez outra interpretação: aceitou as justificativas do tucano e o processo foi encerrado.

Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

 

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast