Professores de São Paulo decidem pelo fim da greve

Apesar do fim da greve, os professores não tiveram suas reivindicações atendidas

Após 92 dias de paralisação, a greve histórica dos professores estaduais de São Paulo foi encerrada nesta sexta-feira (12). O movimento foi marcado por grandes mobilizações e diversas manifestações nos mais de três meses de paralisação.

Apesar do fim da greve, os professores não tiveram suas reivindicações atendidas porque todas as tentativas de negociação com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e com o Secretário de Educação do Estado, Herman Voorwald, foram frustadas.

A inércia do governador Geraldo Alckmin (PSDB) diante da crise na educação local, em negativa as tentativas de negociação, é apontada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), como motivo principal para a greve ter se estendido por tantos dias. “Essa gestão tucana carregará na história a maior greve dos professores já realizada no estado”, afirmou a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Noronha.

De acordo Izabel Noronha, o movimento saiu vitorioso pela união da categoria e pela resistência demonstrada pelos professores durante o período de paralisação. “A sobrevivência dos professores é mais importante”, lembrando que os manifestantes que cruzaram os braços estavam sem receber e foram alvos de assédio moral nas escolas que atuam.

Entre as principais reivindicações que não foram atendidas estão a equiparação salarial com outras categorias com formação de nível superior, cumprimento integral do Plano Nacional de Educação (PNE), melhores condições de trabalho, garantia de emprego e valorização dos professores temporários e máximo de 25 alunos por sala. De acordo com o sindicato, mais de três mil salas de aula foram fechadas nos último anos em São Paulo provocando a superlotação em salas restantes.

Não houve reajuste salarial para toda a categoria. Foi acordado apenas que parte dos professores receberá até 10,5% de aumento seguindo classificação de desempenho em avaliação. “A luta pela defesa de uma escola pública de qualidade é árdua e permanente”, disse Maria Izabel Noronha.

Por Gustavo Mello, da Agência PT de Notícias

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast