PSDB e DEM votam em massa pela manutenção do financiamento empresarial

Proposta aprovada na quarta-feira pelo Senado ganhou apoio total dos parlamentares do PT

Em uma sessão apertada na noite desta quarta-feira (2), o plenário do Senado Federal aprovou o fim do financiamento empresarial de campanhas. Dos 31 votos contra o projeto de lei, 10 foram proferidos por parlamentares do PSDB e quatro por representantes do DEM.

O senador Álvaro Dias foi o único tucano a não participar da votação. Os demais partidos que orientaram seus integrantes a votarem ‘não’ foram PSD, PR e PTB.

Os senadores do PT, do PSOL, do PCdoB, do PDT e do PSB seguiram a orientação de votar pela aprovação da medida. Todos os 11 parlamentares petistas presentes optaram pelo ‘sim’.

O senador Jorge Viana (PT-AC) presidiu a comissão que elaborou a reforma política. “Hoje fizemos história”, comemorou. “Demos um passo essencial para descriminalizar a política”, acrescentou, de acordo com o “PT no Senado”.

“O PT teve uma participação muito importante na junção de forças que permitiu a aprovação do projeto’, destacou a senadora Fátima Bezerra. A parlamentar ressaltou ainda que o partido defende a reforma política como uma das mais importantes para o País.

“Essa é uma bandeira importantíssima para o PT. Achamos que a partir de uma reforma política que cuide da crise de representatividade, que moralize o sistema eleitoral, temos como avançar em outras reformas estruturantes, como a tributária e a democratização dos meios de comunicação”, explicou.

Após a aprovação da emenda, os senadores petistas e demais defensores do fim do financiamento empresarial se abraçaram no plenário.

“Temos agora a chance concreta de acabar com a contingência de ter que lidar com os grandes financiadores de campanha e seus interesses”, declarou Donizeti Nogueira (PT-TO). 

Oposição – Antes da votação, os senadores tucanos José Serra e Aloysio Nunes Ferreira defenderam o recebimento de recursos empresariais em candidaturas. Ronaldo Caiado (GO) e José Agripino (RN), do DEM, também se manifestaram a favor.

Segundo o portal “Brasil 247”, Serra afirmou que é “ruim com ele, pior sem ele”, sobre o financiamento empresarial. Aloysio chamou a relação entre empresas e políticos como fonte de corrupção como “história da carochinha”.

O PMDB e o PP liberaram os senadores para votarem em qualquer opção.

Confira a lista:

Votou NÃO, pela continuidade do financiamento empresarial de campanhas:

1. Aécio Neves (PSDB)

2. Aloysio Nunes (PSDB)

3. Ana Amélia (PP)

4. Antonio Anastasia (PSDB)

5. Ataídes Oliveira (PSDB)

6. Blairo Maggi (PR)

7. Cássio Cunha Lima (PSDB)

8. Dalírio Beber (PSDB)

9. Davi Alcolumbre (DEM)

10. Douglas Cintra (PTB)

11. Edison Lobão (PMDB)

12. Eduardo Amorim (PSC)

13. Fernando Collor (PTB)

14. Flexa Ribeiro (PSDB)

15. Ivo Cassol (PP)

16. João Alberto Souza (PMDB)

17. José Agripino (DEM)

18. José Maranhão (PMDB)

19. José Serra (PSDB)

20. Magno Malta (PR)

21. Otto Alencar (PSD)

22. Paulo Bauer (PSDB)

23. Raimundo Lira (PMDB)

24. Ricardo Ferraço (PMDB)

25. Ronaldo Caiado (DEM)

26. Tasso Jereissati (PSDB)

27. Valdir Raupp (PMDB)

28. Vicentinho Alves (PR)

29. Wellington Fagundes (PR)

30. Wilder Morais (DEM)

31. Zezé Perrella (PDT)

Votou SIM, pelo fim do financiamento empresarial de campanhas:

1. Antonio C Valadares (PSB)

2. Benedito de Lira (PP)

3. Cristovam Buarque (PDT)

4. Dário Berger (PMDB)

5. Delcídio do Amaral (PT)

6. Donizeti Nogueira (PT)

7. Elmano Férrer (PTB)

8. Eunício Oliveira (PMDB)

9. Fátima Bezerra (PT)

10. Fernando Coelho (PSB)

11. Gleisi Hoffmann (PT)

12. Hélio José (PSD)

13. João Capiberibe (PSB)

14. Jorge Viana (PT)

15. José Medeiros (PPS)

16. José Pimentel (PT)

17. Lasier Martins (PDT)

18. Lídice da Mata (PSB)

19. Lindbergh Farias (PT)

20. Lúcia Vânia (sem partido)

21. Marta Suplicy (sem partido)

22. Omar Aziz (PSD)

23. Paulo Paim (PT)

24. Paulo Rocha (PT)

25. Randolfe Rodrigues (PSOL)

26. Regina Sousa (PT)

27. Reguffe (PDT)

28. Roberto Requião (PMDB)

29. Roberto Rocha (PSB)

30. Romário (PSB)

31. Romero Jucá (PMDB)

32. Simone Tebet (PMDB)

33. Telmário Mota (PDT)

34. Vanessa Grazziotin (PCdoB)

35. Waldemir Moka (PMDB)

36. Walter Pinheiro (PT)

Da Redação da Agência PT de Notícias

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