PT debate desafios a serem enfrentados nas campanhas municipais

Dirigentes e militantes acreditam que conjuntura exige posição firme contra o golpe e a tentativa de criminalizar o partido

Foto: Paulo Pinto / Agência PT

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O reconhecimento dos desafios que serão enfrentados nas eleições municipais deste ano, dada a conjuntura do golpe que afastou a presidenta legitimamente eleita Dilma Rousseff do cargo, deu o tom à abertura da Conferência Eleitoral do Partido dos Trabalhadores, realizada nesta sexta-feira (24), no auditório da Uninove, em São Paulo.

A necessidade de colocar a luta pela saída do presidente golpista e ilegítimo Michel Temer no centro das campanhas majoritárias e proporcionais, além de fazer a defesa dos avanços promovidos pelos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma e pelas administrações petistas em todo País, foi levantada pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão.

“Vamos enfrentar agora uma campanha em uma conjuntura totalmente diversa da de outros períodos, devido ao golpe que afastou a presidenta Dilma. É nossa missão reverter o golpe porque se trata de um ataque à democracia e do cancelamento, em um curto espaço de tempo, de direitos a muitas penas conquistados. Precisamos estar preparados para esse debate durante as eleições”, afirmou.

Foto: Paulo Pinto / Agência PT

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Rui citou ainda a tentativa de criminalização do PT por parte da mídia e do Judiciário e classificou como um “ataque deprimente” a ação da Polícia Federal na sede nacional do PT, na quinta-feira (23). “Não podemos permitir a banalização do mal. Toda vez que houver ataque ao PT, temos que reagir”.

Rui também reafirmou que o PT não apoiará nem fará alianças com candidatos que se posicionaram publicamente a favor do golpe.

O presidente municipal do PT da capital paulista, vereador Paulo Fiorilo, que abriu o evento, também condenou a tentativa de criminalizar o partido e disse que o PT foi, mais uma vez, alvo de um “espetáculo midiático”. Fiorilo lembrou a ação da PF no Instituto Lula em março e enfatizou que, apesar dos ataques, não destruirão o partido.

“O PT foi construído pela luta de vários movimentos sociais, trabalhadores e intelectuais que sonharam um sonho coletivo de transformação do País”, enfatizou.

Emidio de Souza, presidente do diretório estadual do PT de São Paulo, ressaltou o “cerco” feito pela mídia à administração do prefeito Fernando Haddad, escondendo as realizações da sua gestão. Para Emídio, a campanha eleitoral é o momento adequado para fazer o confronto de ideias e projetos, inclusive com o do pré-candidato do PSDB João Dória Jr., que, segundo ele, representa o que há de “mais atrasado em nossa sociedade”.

Estiveram presentes e compuseram a mesa do ato ainda o prefeito Fernando Haddad, o deputado estadual Zico Prado, o vereador Sinval Moura, o secretário municipal de relações governamentais de São Paulo José Américo Dias e a secretária municipal de política para as mulheres Denise Motta Dau, além de Sirlândia Mendes, Secretária-Adjunta Municipal de Juventude do PT da cidade de São Paulo.

Por Luciana Arroyo, da Agência PT de Notícias

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