PT pede providências das autoridades brasileiras para resguardar a segurança de Lula e Dilma

Em coletiva de imprensa, presidenta nacional Gleisi Hoffmann e lideranças denunciam manifestações violentas contra caravana de Lula

Ricardo Stuckert

A caravana Lula pelo Brasil percorreu os três estados do sul do país

A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e outras lideranças do partido concederam entrevista coletiva na cidade de Santa Maria (RS) nesta terça-feira (20) para denunciar a atuação violenta de milícias profissionais que agem na região Sul do país e que tentam a caravana de Lula no estado do Rio Grande do Sul.

O Partido dos Trabalhadores informou a situação ao Ministério da Segurança Pública, uma vez que a responsabilidade pela segurança de ex-presidentes recai sobre o governo federal. Também solicitou ao governo do Rio Grande do Sul que reforce a segurança dos ex-presidentes e dos integrantes da caravana.

O vice-presidente do PT e coordenador geral de Lula Pelo Brasil, Marcio Macedo, assegurou a continuidade da caravana, ressaltando a responsabilidade dos governos estadual e federal em garantir a segurança dos ex-presidentes da República Lula e Dilma Rousseff.

“Vamos continuar a caravana em respeito ao povo do Rio Grande do Sul, ao povo do Sul, ao povo do Brasil, mas queremos que as autoridades competentes ajam para desarmar essas milícias”, afirmou.

O presidente do PT no estado, deputado federal Pepe Vargas (PT-RS), afirmou ter reunido material que comprova a ação organizada dos que estão tentando intimidar a caravana de Lula no estado:

“Não é normal que um grupo beligerante com práticas fascistas queira impedir que outro grupo se manifeste. Se eles querem se manifestar, que o façam em outros locais onde nós não estamos”.

Leia na íntegra a declaração da presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann

“A caravana pacífica e democrática do presidente Lula está sendo ameaçada e agredida por milícias armadas pela extrema direita aqui no Rio Grande do Sul, com características fascistas. Essas milícias querem impedir a caravana de prosseguir e utilizam de violência física em relação aos manifestantes que estão com o Lula.

Quero agradecer à nossa militância, aos movimentos sociais, às pessoas que estão indo abraçar e acolher o presidente Lula e têm feito a sua segurança.

A situação é grave, é o direito de ir e vir de dois ex-presidentes da República, Lula e Dilma, que está sendo colocado em questionamento. Não é só o direito de ir e vir, mas também a integridade física de dois ex-presidentes.

O governo do estado do Rio Grande do Sul disponibilizou a segurança e a polícia para acompanhar (a caravana), mas tememos que isso seja insuficiente. Por isso, hoje fizemos contato formal com o ministro da Segurança Pública do governo federal, também com o ministro da Justiça e com o governador do Rio Grande.

A segurança de Lula e Dilma é responsabilidade do Estado brasileiro. O direito de ir e vir está assegurado na Constituição. Nós não podemos admitir que milícias de direita com práticas fascistas que utilizam armamento, soco inglês, pedras, vão para cima dos manifestantes, e queiram impedir o direito de ir e vir dos presidentes, prevaleçam.

Estamos fazendo essa denúncia. Estou aqui com Pepe Vargas, presidente do PT do RS, Marcio Macedo, que é coordenador da caravana, também deputados, como Marco Maia (PT-RS). A situação é grave e queremos providências por parte das autoridades brasileiras no sentido de resguardar a segurança e a integridade de Lula e da ex-presidenta Dilma.

Teve inclusive uma caminhonete que foi parada onde foram apreendidos fogos de artifício. Tivemos pessoas que atiraram pedras nos ônibus e nos manifestantes, teve pessoas com soco inglês. São poucas pessoas, mas sabemos que há inclusive profissionais da área de segurança para instigar e ir para cima da militância que acompanha a caravana de Lula.

Nos preocupa muito que tenhamos chegado a esse clima de intolerância na sociedade, em que grupos de extrema direita usem de milícia armada. Espero que isso não seja um prenúncio de como vai se dar o processo eleitoral, ou como não vai se dar.

O que estamos dizendo é que a divergência política e as divergências de ordem de disputa eleitoral estão na normalidade democrática. O que não está na normalidade democrática é o uso de violência e o uso de grupos armados para impedir alguém de se manifestar. Nossa Constituição assegura o direito de ir e vir e assegura manifestações democráticas. É isso que queremos que o Estado brasileiro garanta.”

Da Redação da Agência PT de Notícias

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