Repressão ao tráfico de pessoas fica mais intensa

Quase todos os órgãos federais revelam maior notificação do crime em 2012, segundo relatório do Ministério da Justiça

O Ministério da Justiça divulgou, na segunda-feira (28), o 2º Relatório Nacional sobre Tráfico de Pessoas no Brasil, com dados consolidados de 2012 dos diversos órgãos de atenção, segurança pública e justiça criminal. Coordenado pela Secretaria Nacional de Justiça (SNJ/J), em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o relatório tem dados de quatro instituições a mais que o anterior, que compilou informações de 2005 a 2011.

Os números de quase todos os órgãos revelam maior notificação do crime em 2012. Embora não possam ser somados, os números revelam aumento de registros individuais nos anos anteriores.

O Ministério do Trabalho apurou 46 estrangeiros (41 deles de origem boliviana e 5 de origem paraguaia) entre as 2.771 vítimas de crime de trabalho análogo à escravidão, considerado tráfico de pessoas pela Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e pelo Protocolo de Palermo.

O número de casos de tráfico de pessoas notificados pelo Departamento de Polícia Federal em 2012 é seis vezes a média dos 7 anos anteriores. A Polícia Rodoviária Federal detectou em suas operações 547 vítimas de tráfico de pessoas para exploração sexual e trabalho escravo.

O Ministério da Saúde (MS) contabilizou o atendimento de 130 vítimas, um número 2,5 vezes superior ao notificado por seu sistema de coleta de dados desde que iniciada a contagem, em 2010.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) registrou 292 vítimas de tráfico de pessoas e crimes correlatos em todo território nacional (quase duas vezes e meia a mais em comparação com 2010).

 

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Portal Brasil

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