Rochinha: O PT e o segundo mandato de Dilma

Para dirigente, iludem-se quem aposta que Lula e o PT serão obstáculo para a gestão da presidenta reeleita

Em artigo publicado no site Mandacaru13, Francisco Rocha, o Rochinha, faz críticas a setores da oposição e da mídia que tentaram criar intrigas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma. Sem sucesso, acredita, esses mesmos críticos tentam criar cizânias entre Dilma e o PT. “A imbecilidade chega às raias do ridículo, porque PT, Lula e Dilma são a mesma coisa”, afirma.

Leia a íntegra:

“Recado: Aos abutres, aos sabujos e as almas sebosas. Terminado o segundo turno das eleições de 2014, os bajuladores da velha mídia voltam-se novamente ao mesmo comportamento depois das eleições de 2010.

A presidente Dilma, reeleita para o mandato até 2018, antes de tomar posse já começa a ser “malhada” pelos chamados meios de comunicação e pela direita. No mandato anterior a intriga, que era patrocinada pelos meios de comunicação capitaneado pela Rede Globo, tinha como objetivo criar um ambiente de intriga com personagens diferentes do que tentam fazer hoje. Naquele momento o alvo principal era criar cizânia entre a presidente eleita e o seu antecessor o presidente Lula. Foram anos de tentativas em vão, quando viram que o mote escolhido não pegava entraram em temas voltados exclusivamente para a pauta econômica, inflação, importações e exportações, política fiscal etc. Ao mesmo tempo, entraram numa pauta de desgaste se utilizando de eventos importantes que viriam a acontecer no Brasil, como a vinda do Papa Francisco, Copa do Mundo, incluindo a questão da deficiência da infraestrutura através de aeroportos, estádios e segurança, todos os assuntos voltados para desconstruir a imagem da presidenta. Surgiu daí o chamado slogan “Não vai ter Copa”. Foi uma dura batalha entre um projeto em curso e uma mídia que fazia a vez de partidos políticos de oposição, já que a oposição existente não tinha nem projetos nem militância, sem se falar do incentivo a chamada desordem.

Agora, o tema para tentar desgastar o segundo mandato mudou de personagens. Abandonaram o assunto “Lula x Dilma” e se apegam ao assunto “PT x Dilma”, a imbecilidade chega às raias do ridículo, porque PT, Lula e Dilma são a mesma coisa. Aqui se trata de um projeto de poder que tinha como fiador nos oito anos anteriores o ex-presidente Lula e nestes próximos quatros anos terá como fiadora a presidenta Dilma. Iludem-se aqueles que pensam que o PT e o Lula serão obstáculo para uma boa gestão da presidenta Dilma nos próximos quatro anos.

O simples pedido de demissão da senadora Marta Suplicy e uma entrevista concedida pelo Ministro Gilberto de Carvalho, fazendo sugestões e apontando rumos para o governo nesta próxima gestão virou um ambiente de fofoca na mídia e na oposição. O PT pela sua direção e pelo seus militantes podem e devem fazer sugestões e, quando necessário, até críticas não só ao governo da presidenta Dilma, mas já fizeram em alguns momentos ao próprio presidente Lula, quando no governo, como se faz a governadores e prefeitos do partido em qualquer lugar do Brasil.

As sugestões e as críticas surgidas no seio do partido tem o intuito de contribuir, diferente do que faz a oposição e a mídia  no sentido de destruir. A antecipação da entrega do cargo pela companheira senadora Marta Suplicy é uma atitude que deve ser seguida, na minha opinião, por todos os demais ministros da gestão anterior. Pôr os seus cargos à disposição da presidente Dilma para a decisão que ela deve tomar na formação de um novo governo.

Como coordenador da maior corrente interna do PT “Construindo um Novo Brasil” e pela convivência e conversas que eu tenho com as demais correntes internas do PT, aqui não existe a disposição de tramas para prejudicar a gestão da presidente Dilma nos seus próximos quatro anos. Isto significa que faremos nossas sugestões, e quando necessários as nossas críticas para a correção dos rumos. Vocês vão continuar insistindo, já perderam todas e irão perder outras. Tirem definitivamente o “cavalinho da chuva”.

Dilma até 2018. Acabou o “volta Lula”, mas “agora é Lula” de 2019 a 2027, se preparem.”

Francisco Rocha é presidente da Comissão de Ética do Partido dos Trabalhadores

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