Rui Falcão: ministro da fazenda não precisa ser petista

Presidente do PT também defende democratização da comunicação como prioridade para próximo mandato de Dilma Rousseff

O presidente do PT, Rui Falcão, disse que o partido está flexível à indicação de um ministro da Fazenda de fora dos quadros do partido. O atual titular da pasta, Guido Mantega, deixará o cargo no final do ano, conforme informou a presidenta Dilma Rousseff, no decorrer da campanha eleitoral.

Em coletiva à imprensa, na tarde desta segunda-feira (27), Falcão observou que o eventual indicado precisará apenas de uma coisa: comungar e manter a atual linha econômica do governo, mais voltada ao mercado consumidor e ao mercado de trabalho”. “Não podemos nos pautar pelo mercado financeiro”, afirmou.

“Se for um quadro preparado e leal ao programa de governo que a maioria do povo brasileiro aprovou, não haverá restrição”, observou o presidente do PT. Ele destacou a independência da presidenta para fazer a escolha. “O governo não manda no partido e o partido não controla o governo”, explicou.

Ele disse não ter conversado com a presidenta sobre o tema e, por isso, não sabe se ela fará alguma sinalização ao mercado sobre temas econômicos antes terminar o atual mandato. Mas está convicto que ela vai se empenhar com vigor para conter a inflação e para que a economia volte a crescer, em “padrões compatíveis com os países vizinhos” – referindo-se aqueles que apresentam melhor desempenho econômico, como Chile, Bolívia e Colômbia.

Falcão afirmou que a prioridades do PT no novo mandato são a democratização dos meios de comunicação e a reforma política. Segundo ele, falta regulamentar o artigo 220 da Constituição, que garante ampla liberdade de pensamento.

“O mesmo item (constitucional) que trata da comunicação social, proíbe a existência de oligopólios e monopólios. Vamos continuar insistindo para regulamentar a Constituição. Considero a mais importante (medida) depois da reforma política”, disse.

Mudanças – Falcão fez uma reflexão, com base nos últimos episódios da corrida eleitoral, segundo a qual há resistência ao partido no país e que isso deve provocar algumas mudanças de rota, sob avaliação.

“É natural, depois de 12 anos de governo, que haja aqui ou ali uma resistência ao nosso partido”, avaliou. “Mas a maioria votou com Dilma e votou com o PT. O partido está se renovando e se reestruturando”, falou.

Por Márcio Morais, da Agência PT de Notícias

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