São Paulo pode ter rodízio de cinco dias sem água

Medida pode ser implementada caso nível do Sistema Cantareira não suba

A Companhia Estadual de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) anunciou, nesta terça-feira (27), que pode adotar o rodízio de cinco dias sem água por semana na capital paulista. A medida, segundo o diretor metropolitano da companhia, Paulo Massato, funcionaria com esquema de cinco dias sob rodízio e dois dias sem.

De acordo com Massato, a adoção da medida extrema está condicionada à manutenção do atual quadro hidrológico, especialmente na região do reservatório do Sistema Cantareira, responsável por abastecer 6,2 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo.

“Se as chuvas insistirem em não cair teremos de fazer um rodízio muito pesado para ter uma economia necessária e não deixar que o nível continue caindo como está”, anunciou Massato à imprensa, durante visita a Suzano, juntamente com o governador do estado, Geraldo Alckmin.

Relatório divulgado nesta terça pela Sabesp aponta que o Sistema Cantareira está com nível em 5,1%. Segundo Massato, o ano hidrológico 2014-2015 está ainda pior que o período anterior.

“Nós nos preparamos para passar o outono e o inverno. Esperávamos que a partir de outubro ocorressem as precipitações mínimas históricas”, explicou o diretor, ao justificar o rodízio.

Entrega – O governo paulista inaugurou nesta terça o projeto de ampliação da transferência de água do córrego Guaratuba para o Sistema Alto Tietê. A obra durou pouco mais de dois meses e deve auxiliar no suprimento da oferta de água pelo sistema.

O Alto Tietê abastece parte da zona leste e os municípios de Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá e Suzano, além de parte de Mauá, Mogi das Cruzes e Santo André.

O sistema atualmente transfere à região metropolitana cerca de 500 litros de água por segundo, volume que dobrará com a conclusão da obra de R$ 8 milhões, iniciada em 5 de novembro.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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