Senado aprova fim das coligações nas eleições proporcionais

Parlamentares petistas defenderam aprovação da matéria no plenário da Casa. Texto ainda será votado em segundo turno

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Previsão é que até 2022 todos os eleitores do país estejam cadastrados no sistema

O plenário do Senado aprovou, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 40/2011) que permite coligações eleitorais apenas para eleições majoritárias como presidente da República, governador, prefeito e senador. Para isso, a proposta, irá alterar o artigo 17 da Constituição Federal.

A proposta, no entanto, ainda precisa passar por nova votação no plenário do Senado e depois seguirá para avaliação na Câmara dos Deputados.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) defendeu a aprovação da matéria e enfatizou que a formação de legendas partidárias vai frontalmente contra o mecanismo de fortalecimento dos partidos políticos.

“Com a aprovação dessa matéria, nós vamos avançar. Tenho certeza que isso não vai gerar nenhum prejuízo aos partidos, já que o voto de legenda permanece. Assim, os partidos precisarão fortalecer seus pontos de vista junto ao eleitorado”, disse.

O texto, apesar de limitar a possibilidade de coligações partidárias, mantém a determinação constitucional que assegura a autonomia dos partidos para estruturação e organização interna, prevendo em seus estatutos normas de fidelidade e organização partidária.

Além disso, mantém-se a não obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital e municipal. Também continua a possibilidade de o eleitor votar numa legenda nas eleições não majoritárias.

A PEC prevê ainda a proibição das coligações proporcionais, por meio das quais diversos partidos podem apresentar chapa comum nas eleições de deputados federais, estaduais e distritais, além de vereadores.

O senador Walter Pinheiro (PT-BA) declarou apoio ao projeto, mas cobrou dos colegas um avanço mais contundente na reforma política. Para ele, temas como o fim da reeleição, o fim do financiamento privado para campanhas e a organização partidária precisam entrar na pauta do Congresso.

“É importante acabar com as coligações, mas que partidos vão cuidar desse processo? Outro problema que precisamos resolver é o financiamento de campanhas. Se não, ficamos aqui discutindo o periférico da reforma política e não chegamos ao âmago da questão”, disse.

“Falamos tanto que precisa ter reforma política, mas, passada a eleição, nós ficamos dando um passo aqui e outro ali. Precisamos dar um passo contundente nessa questão. Vamos discutir os pontos centrais e essenciais da reforma política”, defendeu.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações de Rafael Noronha, do PT no Senado

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