Temer é rejeitado por 67% dos brasileiros, diz pesquisa

Pesquisa Vox Populi revela que rejeição ao governo golpista aumentou. Sobe o número daqueles que acreditam que o impeachment não resolverá crise

O legado Temer: aumento da mortalidade infantil e da desnutrição após 13 anos de queda

Após 30 dias de retrocessos em políticas sociais e de escândalos de corrupção, o presidente golpista Michel Temer foi avaliado de forma negativa por 67% dos brasileiros. Foi o que concluiu a última pesquisa CUT-Vox Populi realizada entre os dias 7 e 9 de junho e divulgada nesta terça-feira (14).

Os dados mostram ainda que 32% avaliam que ele é pior do que esperavam. Além disso, a maioria dos entrevistados considera que o desemprego vai aumentar (52%), os direitos trabalhistas (55%) vão piorar e medidas como idade mínima para aposentadoria vão prejudicar muita gente (77%).

A região onde Temer tem a pior avaliação é a Nordeste: 49% negativo, 41% regular e 10% positivo. Em segundo lugar, Sudeste: 45% negativo, 42% regular e 13% positivo. No Centro-Oeste, 39% consideram o desempenho negativo, 43% regular e 18% positivo. No Sul, 31% negativo, 45% regular e 24% positivo.

A pesquisa CUT-Vox Populi ouviu brasileiros com mais de 16 anos, residentes em todos os estados do país, exceto Roraima, e no Distrito Federal, em áreas urbanas e rurais. Participaram 2 mil pessoas em 116 municípios.

Rejeição ao impeachment
A pesquisa revela também um aumento no número de brasileiros que não acreditam que a cassação de Dilma seja a solução para os problemas econômicos do Brasil. O número subiu para 69%. Na pesquisa CUT-Vox Populi, realizada em dezembro, o percentual era de 57%. Nos levantamentos feitos em abril, o índice foi de 58% (9 e 12/04) e 66% (27 e 28/04).

Somente para 26% dos entrevistados o golpe é a solução. Nas pesquisas anteriores, os percentuais foram de 34% (dezembro), 35% (9 de abril) e 28% (27 de abril).

Pessimismo
Em relação a pesquisa anterior, aumentou de 32% para 55% o percentual dos que acreditam que o respeito aos direitos dos trabalhadores vai piorar. Para apenas 19% vai melhorar e 20% acreditam que não vai mudar.

Aumentaram também as expectativas negativas com relação aos programas sociais. Em abril, 34% achavam que, com Temer na Presidência, os programas iriam piorar. Agora, são 56%.

Foram consideradas ruins porque prejudicam a maioria das pessoas as propostas de Temer de aumentar a idade mínima para aposentadoria (77%), a diminuição de verbas do Programa Minha Casa Minha Vida (54%) e a diminuição do número de pessoas que recebem o Bolsa Família (48%).

Acabar com o monopólio da Petrobrás no Pré-Sal e aumentar a privatização de empresas e de concessões de rodovias e aeroportos foram consideradas ruins porque prejudicam o Brasil para 50% dos entrevistados. Para 31% a questão da privatização e das concessões é uma medida necessária e não vai prejudicar o país, outros 19% não souberam ou não responderam. Quanto ao Pré-Sal, 25% acham que não vai prejudicar o país e 25% não souberam ou não responderam.

Temer é pior do que o esperado
Para 32% dos entrevistados, Temer é pior do que esperavam. Empatou em 16% o percentual dos que acham que ele é tão ruim quanto achavam que ia ser e dos que consideram que ele é melhor do que esperavam. Só 7% acham que ele é tão bom quanto esperavam que ia ser e 29% não souberam responder ou não responderam.

Sobre o combate à corrupção, 44% acham que vai piorar, 26% melhorar e 25% que não vai mudar. A equipe de ministros de Temer é considerada negativa por 36% dos entrevistados – 32% acham que é regular e 11% positiva. Para 33% foi um erro grave o governo interino não nomear nenhuma mulher, 30% acham que foi um erro, mas não muito grave e 30% que é normal.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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